Acontece entre os dias 03 e 05 de novembro de 2015 no Rio o Seminário de Educação Popular. Trata-se de uma proposta articulada das atividades do Fórum Permanente de Movimentos Sociais, Educação Popular e Universidades, e do grupo COLEMARX-UFRJ. A iniciativa coletiva de grupos, movimentos e laboratórios de pesquisa procura integrar e dialogar sobre suas práticas de educação popular no campo e na cidade.

Segundo Paolo Vittoria, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos articuladores do evento, a ideia é ampliar e sistematizar essas relações, tornando mais orgânica a articulação entre universidade e movimentos sociais, recriando e ampliando o debate acerca do espaço político da educação popular frente à expansão do capital, aprofundando os desafios e as problemáticas que perpassam as práticas em diferentes níveis, como: alfabetização, educação de jovens e adultos, pré-vestibular comunitário, universidade popular, rede pública de ensino, organização e criminalização da luta política, movimentos sociais no campo e na cidade, educação indígena, quilombola e demais comunidades tradicionais. O seminário visa também criar práticas conjuntas, como projetos e cursos de extensão, pesquisas, atos políticos e culturais, publicações e demais atividades.

“Objetivo principal é que cada grupo ou movimento presente possa debater questões elaboradas e definidas durante as reuniões do Fórum Permanente e que possa criar novos questionamentos, para refletir sobre questões concretas em rede, elaborando ações conjuntas que fortaleçam as ações politicas e os espaços culturais”, explica Paolo.

Dentre as diversas organizações que participam das atividades estão o Movimento de Organização de Base (MOB), o Setor de Educação do MST Rio, o Colemarx/UFRJ, o Fórum Comunidades Tradicionais Parati, Grupo de Alfabetização da EJA, o Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos (EJA) , a Rede Emancipa de Cursinhos Populares, o Grupo de Educação Popular (GEP), a Frente Livre Estudantil, o Instituto Boal, a Resistência Aldeia Maracanã, a Ação Direta em Educação Popular da Mangueira (ADEP UERJ), o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), o “Cerco de Saberes” e o Movimento Abre Biblioteca Rio.

Confira a programação:

Dia 03 de dezembro de 2015 – quinta-feira

UFRJ – Campus da Praia Vermelha – Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Auditório Manoel Mauricio.

Horário: 9h as 17h

Abertura: oficina de comunicação 9h30 as 10h

Introdução do seminário: 10h as 11h

Roberto Leher (Reitor eleito da UFRJ): Movimentos sociais e educação popular.

Paolo Vittoria (Professor UFRJ): Introdução sobre o Fórum Permanente.

Mesa 1: educação do e no campo  11h as 12h

Mediadora: Rejane Gadelha (MST)

Convidado: Ramonfly Bicalho dos Santos – UFRRJ

Movimento social: Luciana (Quilombo do Bracuy)

Mesa 2: Proposta de cátedra Internacional de Educação Popular 12h as 13h

Joyce Canaan (Professora da Birmingham University. Professora Visitante UFCE).

Rodriggo Leopoldino II (Catedra Jose Marti – UFPE)

Paulo Ricardo Capela (Professor da UFSC)

Mediador: Paolo Vittoria (Professor da UFRJ)

Mesa 3: Alfabetização popular de 14h as 15h

Mediador: Damião Alfredo de Paula (Professor EJA)

Convidada: Socorro Calhau (Professora EJA-UERJ)

Movimento social: Ana Paula Moura (Professora EJA/UFRJ)

Mesa 4: Organização e criminalização da luta política na educação de 16h as 17h30

Mediador: Luiza Colombo (Professora do Colégio Pedro II)

Convidado: Camila Jourdan (Professora da UERJ)

Movimento social: Rebeca de Souza (Professora do Grupo de Educação Popular – GEP)

DIA 04 de Dezembro DE 2015 – sexta-feira

Local: ADEP (Coletivo Ação Direta em Educação Popular / Mangueira-UERJ)

Rua Visconde de Niterói, 354 – Mangueira, no Prédio do Relógio, próximo à estação de metrô do Maracanã, Lado oposto ao da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Horário: 9has 16h

Abertura:

Oficina Afrobetizar (alfabetização e consciência negra) 9h.

Mesa 1: Educação Popular e Educação Publica. 10h as 11h

Mediadora: Inny Accioly (Professora do COLEMARX –UFRJ)

Convidados: José Damiro (Professor da UNIRIO)

Adriana Rosa (Professora da Rede Municipal de Educação do RJ)

Movimento social: Vivian Fraga (Professora do Grupo de Educação Popular – GEP)

Mesa 2: Educação popular no contexto urbano: 11h as 12h

Mediadora: Milla Santos (Estudante. Movimento Frente Livre Estudantil)

Convidados: Chico de Paula (Movimento Abre Biblioteca Rio)

Gizele Martins (Comunicadora Popular – moradora da Maré)  

Movimento social: Guilherme Santana (Professor do Grupo de Educação popular -GEP)

Mesa 3: Educação indígena/Universidade indígena: 14h as 15h

Mediador: José Guajajara (Aldeia Indígena do Maracanã)

Convidado: José Quinteiro (Movimento Indígena – Venezuela)

Movimento social: Mônica Lima (Aldeia Indígena do Maracanã)

Ato politico-cultural na Aldeia Indígena do Maracanã: 19h

DIA 05 de dezembro – sábado

Local: Aldeia Indígena do CESAC.

Aldeia CESAC – Centro de Etno Conhecimento Sócio Ambiental Caiuré – Rua Maracá, n.7, Estação do Metrô de Thomaz Coelho (Metrô sentido Pavuna)

Horário: 09h as 16h

GT´S (Grupos de Trabalhos Temáticos) para a criação de propostas para a plenária no campo da extensão e da cultura. Os grupos serão organizados e base aos seguintes temas:

Organização e criminalização da luta política na educação.

Educação popular e Educação publica

Alfabetização popular

Educação popular no contexto urbano

Educação do e no campo

Educação indígena/ Universidade indígena

Planária com exposição e discussão das propostas dos grupos de trabalho.

Maria Malta (Professora e Pró-reitora de Extensão e Cultura – UFRJ).

 

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