Para Shanon, autor do livro A teoria matemática da comunicação, informação é tudo aquilo que reduz a incerteza. Partindo dessa premissa, o que vivemos hoje não poderia ser definido como a Era da Informação, uma vez que temos uma explosão de dados e fatos que, isoladamente, não têm significado.

Acordo animado em mais um inicio de semana, tenho três imensos artigos pra ler e um livro que não acabei. Fui no final de semana e já sou no começo dessa manhã constantemente solicitado via zap zap e pelo facebook, na minha conta pessoal e nas três paginas que gerencio para empresas. Entro na pagina principal do meu e-mail: além das 87 mensagens que requerem minha atenção, vejo pulsando na minha tela dezenas de links sobre assuntos que me agradam: marketing, de management, de publicidade, de informática, de variedades e de educação, além de todas as pendências da semana passada.

Na minha mochila se encontram três livros: dois que ganhei de presente e um que comprei esta semana, para se juntar às dezenas de outros livros que estão, há meses, na fila de espera para serem lidos (inclusive livros que comprei na Bienal ano passado e que ainda não foram devidamente lidos), na minha estante se encontram filmes imperdíveis que não conseguir ver, e que todos já viram, menos eu. Minha agenda me informa ainda sobre duas festas: uma de amigos e uma outra que fui contratado. Não posso me esquecer ainda de duas exposições excelentes que pretendo ir e devo encontrar tempo na agenda para não perder além, claro, da minha consulta no dentista quinta, do espetáculo de circo que se encontra em minha cidade que, é claro, já está nos últimos dias.

Este é um típico início de semana em minha vida, mas, tenho certeza, soa familiar a grande parte das pessoas que estão lendo este artigo. Ele faz parte dos “efeitos colaterais” da chamada Era da Informação – uma era em que a quantidade de informação disponível e acessível pegou a todos nós de surpresa. Não estávamos preparados para ela. Antes, as pessoas não sabiam que não sabiam. Agora, sabem que não sabem, e isso, num mundo competitivo e predatório, gera uma sensação de frustração e incapacidade que, aos poucos, vai se transformando em uma ansiedade cada vez maior.

Por causa disso ando realmente fissurado em como cortar informação com poucas calorias da minha dieta, dessa forma acabei encontrando um dos primeiro livros dessa nova fase de interesse. No livro A dieta da informação (Editora NOVATEC, 192 páginas), de Clay Johnson. O autor nos alerta para os perigos do excesso de conteúdos de baixa qualidade. Passamos cerca de 11 horas por dia em um estado de consumo constante. O objetivo do livro, ao contrario do que eu pensei ao comprá-lo, não é fazer com que as pessoas ingiram menos conteúdo, mas que encontrem um equilíbrio sadio, desenvolvendo hábitos saudáveis de consumo, proporcionando uma vida mais produtiva.

Se você se identificou com minha semana típica, dê uma chance ao autor! Na minha fila de espera se encontra O filtro invisível: o que a internet está escondendo de você, de Eli Pariser (Editora Zahar, 2012, 252 páginas). Espero escrever uma opinião sobre ele no futuro. Se você tem outros livros sobre esse assunto, coloque suas indicações nos comentários!

Título: A Dieta da Informação
Autor: Clay A. Johnson
Editora: NOVATEC

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lNFNOSzik14

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