Dá muito trabalho ser honesto e direito na cidade do Rio de Janeiro.

Você vai pegar o busão na Central para ir à Nova Iguaçu. Todos que têm cartão entram no coletivo e você não, pois o motorista/escravo/trocador (trocador é como chamamos o cobrador aqui no Rio) não está lá. Aparece o senhor simpático oferecendo para passar um cartão pra você, aqueles que, possivelmente, foram roubados de outras pessoas pelos bandidos da vida. 

Você diz que não quer, ele lhe avisa que com ele a passagem fica mais barata, você insiste em dizer que não quer e ele fica chateado. Você chama o motorista/escravo/trocador, que está lanchando na mesa do fiscal, pois vc quer entrar no ônibus onde os assentos estão acabando e você não consegue passar na roleta. FISCAL e motorista fazem cara de não entender o ET que surge ali, único que não entra no busão porque não compra a passagem do traficante de cartão simpaticão. 

Fiscal pede que motorista/escravo/trocador vá lá lhe cobrar. Cara de bunda total. Corpo mole para pegar dinheiro e lhe dar o troco (viu por que ele é trocador?! Kkk). Fila  que outrora não havia, se formando. Você se preparando para dar um fora em quem quisesse furar a fila  só por que tem um cartão e é mais rápido… Ufa! Dessa vez, não aconteceu! Outrora, foi preciso pedir de maneira “educada”, tal qual quem fura a fila, que esperasse a vez, pois você estava pagando sua passagem. 

Enfim, consegue-se pagar e adentrar o busão, no qual rendeu este textão para descrever o quanto é complicado pagar passagem de ônibus no Rio de Janeiro… Imaginem quão complexo deve ser terminar o BRT Transbrasil, achar as vigas da perimetral, manter a água potável sem cheiro de esgoto, ter atendimento de saúde pública, reformar escolas.

Pois bem! Difícil, mas sigamos em frente, pois quem  não cuida de uma flor jamais plantará uma floresta! Quem apoia ou colabora com o vendedor de cartão roubado é o mesmo que vota em vereador corrupto, prefeito desonesto, deputado bandido ou senador miliciano e depois reclama que TODO mundo é ladrão.

TODO mundo não é ladrão, mas às vezes alguns cidadãos são coniventes, fazem receptação de carga roubada e são omissos com suas responsabilidades. “Vamo que vamo”!

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