A bibliotecária e deputada federal, Fernanda Melhionna (PSOL/RS), é uma das autoridades que subscreve o “superpedido de impeachment” contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, protocolado nesta quarta-feira, 30.

O termo “superpedido de impeachment” é utilizado por unificar todos os outros 122 pedidos já apresentados contra o atual presidente, os 23 tipos penais diferentes praticados pelo mandatário, dezenas de entidades da sociedade e forças políticas representantes das mais diversas correntes políticas e ideológicas.

“Os motivos que nos unem estão todos em torno do genocídio em curso: a corrupção em torno da compra de vacinas, o desrespeito às medidas sanitárias, o boicote à vacina, a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada, a sabotagem das medidas de proteção aos povos quilombolas e originários”, destaca Melchionna.

Entre os crimes apontados estão omissões e erros no combate à pandemia, promoção da revolta contra o isolamento social recomendado pela ciência, prevaricação no caso Covaxin e atos contra comunidades indígenas.

As lideranças destacaram, em coletiva realizada após o ato formal, crime contra a humanidade, caracterizado pela conduta de Bolsonaro na pandemia, e aspectos de seu projeto econômico, simbolizado pela recente privatização da Eletrobras, enquanto o Brasil está na iminência de uma crise energética.

Ocupar as ruas

Melchionna, que foi uma das primeiras a apresentar um pedido de impeachment contra Bolsonaro, destaca que embora a iniciativa seja importante, é fundamental aposta na pressão popular. “Mas só atividades de superestrutura não adianta sozinhas, é preciso aumentar a pressão nas ruas! Dia 3 de julho é dia de manifestação nacional pelo #ForaBolsonaro”, lembra a parlamentar.

Os atos contra Bolsonaro, que estavam programados para o dia 24 de julho, foram antecipados para sábado, dia 3. O desgaste do presidente, com as últimas revelações feitas pela CPI da Covid, com denúncia de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, acelerou o processo de mobilização por sua saída e houve unidade entre as correntes para essa nova manifestação.

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