Marcos Luiz Cavalcanti de Miranda

Em primeiro lugar peço que não se esqueçam que devem ter uma atuação interdisciplinar; um bom nível de cultural geral; sensibilidade para o valor da informação como vantagem competitiva e para mudanças; senso crítico e uma permanente preocupação com a formação e o desenvolvimento do cidadão e da sociedade. Sabemos que é da responsabilidade dos bibliotecários a organização da informação registrada nos seus mais diversos suportes – do papiro ao meio digital (bem como das instituições que os possuem), seu processo e sua disponibilização para a sociedade. Isso significa que devem atuar como agentes sociais e culturais, engajados nos processos de geração, organização, tratamento, gerenciamento e transferência da informação, bem como para memória social. Para dar conta de suas funções, um bibliotecário deve possuir um cabedal de conhecimento teórico, metodológico, técnico, tecnológico e, sobretudo, humanista. Teórico para embasar o seu fazer; metodológico para conhecer os caminhos e formas deste fazer; técnico para operacionalizar suas ações; tecnológico para facilitar essa operacionalização que envolve o gerenciamento, tratamento, monitoramento e acesso da informação e humanista para conhecer o Homem em sua complexidade psicológica, social, cultural, política e econômica. E para enriquecer esse cabedal podem buscar a troca de conhecimento com seus pares, com os professores da Universidade, participar de listas de discussão da Biblioteconomia e áreas afins, de atividades P&D (pesquisa e desenvolvimento) e buscar a educação continuada. Dificuldades? Encontraremos sim. Mas elas existem em todas as profissões das mais diversas áreas de conhecimento. Muitas vezes vemos as dificuldades como algo negativo, contudo, são as dificuldades que, de certa forma, nos impulsionam a ser mais criativos, e são elas também que se tornam objetos de investigação para o desenvolvimento humano, científico e profissional.

Alberto Calil Elias Junior

Em nossa sociedade temos por hábito comemorar as datas de nascimento. Em geral, tais comemorações, que são marcadas por festividades, também acabam servindo de oportunidade para que os “aniversariantes” façam uma reflexão sobre a sua vida, ou pelo menos sobre aquele último ano. Muitos aproveitam o momento para rever posições, realizar “balanços”, levantar atitudes positivas, que merecem investimentos e outras, não tão positivas, que precisam ser reformuladas. Dessa forma, gostaria de aproveitar essa data tão importante para nós, bibliotecários, professores dos cursos de biblioteconomia e futuros bibliotecários, para propor uma reflexão sobre o nosso fazer. O que estamos fazendo da nossa profissão? Qual a importância do bibliotecário para a sociedade? De que forma nós, bibliotecários, estamos nos colocando no espaço público? O que nós temos feito pelas bibliotecas? Se olharmos para a história da Biblioteconomia encontraremos respostas, inspiradoras umas, reveladoras outras, porém, esse olhar para o passado deve, acima de tudo, ser um olhar reflexivo, a fim de que possamos a partir dos inúmeros exemplos presentes na história de nossa profissão, pensar as nossas práticas e, quem sabe, projetar os nossos próximos passos enquanto profissionais atuantes na sociedade e essências para a construção da cidadania.

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