O Sindicato dos Bibliotecários no Estado do Rio de Janeiro (SINDIB-RJ) e o Conselho Regional de Biblioteconomia da 7ª Região (CRB-7) publicaram essa semana um conjunto de normas que devem ser observadas pelas bibliotecas e demais unidades de informação do estado do Rio de Janeiro quando da reabertura desses espaços (baixe no final da postagem).
As diretrizes compiladas pelo Sindicato e pelo Conselho são baseadas em regras e padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Panamericana de Saúde (OPS), Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA) e outras entidades da área.
“De acordo com as autoridades sanitárias as medidas de prevenção que devem ser aplicadas são as mesmas para impedir a propagação de outros vírus respiratórios. Entretanto, por ter tomado proporções epidemiológicas, medidas restritivas e de isolamento social tornam-se necessárias como forma de diminuir o risco de contagio”, diz o documento.
Segundo o documento, as instituições devem levantar o quadro das pessoas que se enquadrem nos grupos de risco (pessoas acima dos 60 anos, diabéticos, hipertensos, obesos, gestantes, lactantes etc.) e determinar seu isolamento, com afastamento das atividades presenciais durante todo o período da pandemia, ou adoção do teletrabalho ou home-office, garantindo seus direitos trabalhistas.
Sobre o ambiente, se orienta que deve se manter este com ventilação natural, deixando portas e janelas abertas sempre que possível, evitando o uso de ar-condicionado. “Caso haja necessidade de usar o ar condicionado, deve-se fazer a higienização completa dos equipamentos antes do reinício das atividades laborais, seguindo Lei 13.589/18 e Portaria 3.523/GM de agosto 1998, que busca garantir a qualidade do ar do ambiente e preservar a saúde das pessoas”, diz a norma.
Em relação aos equipamentos de proteção individual (EPIs), a orientação é para que as instituições mantenedoras das bibliotecas e demais unidades de informação forneçam luvas de látex descartáveis, máscara de proteção respiratória descartável ou tecido e N 95 ou PFF2, jaleco (de preferência jalecos descartáveis ou quando não for possível fornecer 3 unidades de tecido por funcionário) e protetor facial (Face Shield ou Óculos).
Além de trazer as especificidades dos EPIs, o documento mostra ilustrações bastante didáticas que mostram como fazer o uso correto destes, conforme mostra a imagem abaixo. No caso do jaleco, este deve ser retirado mantendo-o do lado do avesso, sendo em seguida armazedo em saco plástico para o correto descarte em lixeira específica ou para transportá-lo até o local onde será lavado.
Recomendações do SNBP
Recentemente o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) publicou uma série recomendações técnicas para o funcionamento de bibliotecas públicas no país, com vistas ao controle da disseminação e contaminação pelo novo coronavírus. Dentre as recomendações estavam a de que seja feito o afastamento dos colaboradores do grupo de risco ou que residam com pessoas do grupo de risco, com possibilidade de realização de serviço em regime de home-office.
Para as atividades realizadas no interior de bibliotecas, o SNBP orienta que haja oferta de equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas, visores e suprimento contínuo de álcool gel 70% aos colaboradores, bem como a garantia da oferta de insumos que possibilitem os cuidados adequados para higiene pessoal, de equipamentos de trabalho e proteção para os trabalhadores que atuam nas bibliotecas.