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Por Gabriela Mattos de O Dia

Com os professores e funcionários em greve desde o início do mês, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) agora enfrenta outro problema: o restaurante universitário, fechado desde o começo do ano, não tem prazo para ser reaberto. Em uma página no Facebook formada por estudantes da faculdade, chamada “Uerj da depressão”, os alunos contam que todos os funcionários foram demitidos nesta terça-feira.

Em nota, a assessoria de imprensa da faculdade explicou que a empresa contratada para prestar o serviço não pretende renovar o contrato com a universidade e que, caso seja necessário, a administração fará uma nova licitação para contratar uma nova empresa. Além disso, acrescentou ainda que esta decisão foi da própria prestadora de serviços e não da Uerj.

A incerteza de reabertura do restaurante causou indignação nos alunos que precisam almoçar no local. Apesar de estarem sem aula, alguns estudantes continuam frequentando a universidade, como é o caso de Rafael Freitas, de 20 anos, que cursa o 5º período de Geografia.

Ele contou que todas as terças e quartas-feiras, de 14h as 16h, fica na Uerj para fazer pesquisas. Mas, como precisa sair de casa ao meio dia, o jovem não consegue almoçar. “Eu dependo deste restaurante. Há pessoas que levam marmita, mas eu fico com fome mesmo. Não há condições de levar comida porque não tem lugar para esquentar”, ressaltou Rafael.

Estudante do 6º período de Enfermagem, Débora Chianello, de 22 anos, também está preocupada com o fechamento do estabelecimento. Ela continua indo à faculdade para seminários, palestras e reuniões de greve. “É quase impossível estudar em tempo integral sem poder almoçar. Nossa situação está de mal a pior”, lamentou a jovem.

Greve desde 1º de março

Em assembleia da Associação dos Docentes da Uerj, os professores e os técnicos administrativos decidiram entrar em greve no dia 1º de março. Na reunião, 477 profissionais da faculdade votaram a favor da paralisação. Eles reivindicam reajuste salarial e reclamam sobre o atraso das bolsas de estudos dos alunos, a dedicação exclusiva na aposentadoria e discutiram estratégias de luta pela defesa dos direitos trabalhistas.

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