RIO – Moreno Barros, bibliotecário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fala, nesta entrevista, sobre o primeiro Bibliocamp, a desconferência dedicada a discutir e apresentar práticas que estão fazendo a diferença na Biblioteconomia.

Chico de Paula: Moreno, que avaliação que você faz desse evento?

Moreno Barros: Foi muito legal. Superou todas as expectativas. Veio muita gente. Eu fiquei muito feliz. Teve quórum. Eu achei que não ia ter, mas teve. Foi super organizado. Foi ótimo. Foi um negocio completamente experimental. A gente não sabia se ia dar certo. Foi bem displicente, mas foi ótimo. Acho que nunca a intenção foi ter um evento diferente que competisse com os outros. Era mais um encontro de amigos mesmo e os amigos todos apareceram. Então foi ótimo.

C. P.: E como é que surgiu a ideia do bibliocamp?

M. B.: O Bibliocamp surgiu parece que do incomodo do pessoal que foi no CBBD esse ano. Mas é um incomodo que é recorrente do pessoal que vai nos eventos e acha que os eventos não tão mais fluindo, que as discussões são sempre as mesmas, que o pessoal está deixando de curtir a parte mais intelectualizada para curtir mais o turismo. E a gente simplesmente resolveu fazer uma coisa mais intimista. De repente escolhendo um espaço mais restrito, menor, com pessoas também bastante especificas. E foi assim que surgiu: com um certo desconforto com os eventos tradicionais da área e o evento surgiu assim, mas sem também querer ser um divisor de águas.

C. P.: O segundo Bibliocamp vai sair?

M. B.: Olha, eu já falei que eu não quero organizar não, mas eu espero que saia. Eu espero que outras pessoas levem para outras cidades, para a gente conhecer também outros trabalhos, mapear pessoas que estão fazendo coisas interessante, que é um trabalho difícil e certamente tem muita gente fazendo coisa boa ai pelo Brasil e ir para  outras cidades seria ótimo.

C. P.: O que você destacaria desse dia de hoje?

M.B.: Olha, a gente teve alguns blocos assim meio… políticas públicas, lições de vida, práticasem bibliotecas. Então eu não tenho nem o que destacar, porque o destaque mesmo é tudo, é o conjunto, porque a gente tentou mostrar todas as diferenças. As pessoas que trabalham com biblioteca universitária, comunitária, publica, nacional e juntou todo mundo. Está todo mundo pensando  as mesmas coisas, tentando propor as mesmas soluções. Acho que o ponto alto foi esse: essa junção de pessoas diferentes, mas caminhando para a mesma direção.

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