Em pesquisa realizada no ano de 2011, com uma amostragem de pouco mais de 5000 mil pessoas, o Instituto Pró-Livro revelou que 76% dos brasileiros não acessam ou utilizam as pouco mais de 1000 bibliotecas existentes no país, considerando suas diversas tipologias (públicas, escolares, universitárias, especializadas, comunitárias etc). Diante dos dados é possível extrair algumas impressões, sendo umas mais óbvias e outras mais insólitas que vêm ao encontro da pergunta/tema deste texto “Bibliotecas para quê e para quem?”

Entre as mais óbvias posso destacar:

  1. o número de pessoas que frequentam e utilizam bibliotecas é ínfimo diante da realidade;
  2. a escassez de políticas públicas articuladas e consistentes em termos históricos torna a biblioteca um ambiente hermético e estanque afastando a maior parte da população;
  3. ainda persiste a ideia de uma concepção elitista da biblioteca acessível apenas a um grupo seleto de pessoas por classe social ou intelecção formal ou permite o acesso a setores mais marginalizados da sociedade de maneira pré-determinada, controlada, limitada e inconstante. O elitismo trata a biblioteca como mantenedora de poder, seja estatal, seja de pequenos (quantidade) grandes (força político-econômica) grupos corporativos;
  4. em virtude das duas concepções anteriores, é comum que o chamado não usuário possua tanto respeito pela biblioteca que chega a ter receio de frequentá-la por considerar que não é um ambiente adequado para sua realidade;
  5. a biblioteca, em caráter histórico, não faz parte do cotidiano das comunidades. Logo, um ambiente que não conhece ou dialoga com o dia-a-dia do seu público dificilmente obterá reconhecimento massificado e estratégico para contribuir ativamente com a vida da sociedade.

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