O dia do bibliotecário no Brasil, representado pelo 12 de março, é uma data que sempre me faz pensar e crer que mudanças significativas para os destinos da área devem ser construídas, visando aprimorar as perspectivas acadêmicas, político-institucionais e/ou profissionais.

Há muito se tornou comum a discussão sobre o patrono da Biblioteconomia que tem como representante Manuel Bastos Tigre (1882-1957) que foi bibliotecário, engenheiro, jornalista, poeta e escritor. Precisamente, pelas múltiplas atribuições profissionais de Tigre, há uma resistência de alguns componentes expressivos da Biblioteconomia em aceitá-lo como patrono. De certo modo, vale a compreensão de que Manuel Bastos Tigre não foi considerado bibliotecário de formação propriamente dita, mas, ao conhecer Melvil Dewey nos EUA, Tigre se identificou com as práticas biblioteconômicas passando a se dedicar e ser o primeiro bibliotecário concursado da Biblioteca Nacional.

Inegavelmente, Tigre foi um profissional eminentemente criativo e propositivo, mas é preciso considerar que há outros bibliotecários na história do Brasil que exerceram de forma mais prioritária o exercício da Biblioteconomia com ações marcadas por grandes feitos profissionais, políticos e/ou acadêmicos suscitando dúvidas sobre quem merece ser o patrono desta área.

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