Há algum tempo estamos questionando a respeito do significado do dia do bibliotecário. Para muitos é um momento efusivo, de comemorações, cafés, distribuição de brindes e de se orgulhar da aprovação de um mero piso salarial para categoria. Para outros é um momento de realizar reflexões e rever posturas. Mas na prática, quais ações e propostas estamos levantando para fortalecer o desenvolvimento político da área, potencializar ações continuadas e conscientes em prol da sociedade?

Menos de um mês atrás a biblioteca da presidência iria ter parte de seu espaço desmontado para abrigar uma sala para primeira-dama e sua equipe do Programa Pátria Voluntária. Neste período, parte do acervo da biblioteca com livros raros que contam a história dos presidentes foram empilhados no chão do corredor do Palácio do Planalto. A situação se reverteu depois que o caso ganhou repercussão na grande mídia e também dos protestos do Conselho Federal de Biblioteconomia e do Conselho Regional da 1ª Região.

Fonte: Revista Fórum

A mensagem divulgada por Michelle Bolsonaro, primeira-dama, no Youtube, felicitando os bibliotecários e as bibliotecárias pelo seu dia, comemorado nesse 12 de março, provocou repercussão negativa entre os profissionais da área. O profissionais criticaram o CRB-1 por apoiar as declarações da primeira-dama divulgando o vídeo em seus canais: “O CRB-1 recebeu da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mensagem homenageando todos os bibliotecários pelo nosso dia. O CRB-1 agradece a primeira-dama pela atenção dispensada à classe e compartilha com todos a mensagem recebida”, dizia o informe publicado hoje na fanpage do Conselho em uma rede social.

Diante da postagem, alguns profissionais demonstraram seu descontentamento com a referida publicação: “Mensagem da dondoca que queria destruir a biblioteca do Planalto pra poder dormir longe do marido feio dela?, questionou Helena Oliveira na página do Facebook do CRB-1. “Ela não ia fechar a biblioteca para ocupar o espaço?”, criticou Najla Bastos no mesmo canal. “Por que ela não dividiu a mensagem com um bibliotecário pra relatar a realidade dos interesses políticos quanto a informação, memória e conhecimento no Brasil”, disse Jimmy Marcone.

Entramos em contato com o presidente do CRB-1, mas até o fechamento dessa nota não tivemos resposta.

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