Você já deve ter ouvido fala na tal da Internet das Coisas. Se não, é bom começar a se informar, pois este conceito está cada vez mais ganhando corpo no nosso cotidiano. O que é a Internet das Coisas? É uma revolução tecnológica que tem como objetivo estabelecer uma interação entre objetos inteligentes por meio da Internet. É, resumidamente, a possibilidade de comunicação entre objetos – enviando e recebendo dados e informações com o intuito de facilitar a vida das pessoas.
Esse sistema estabelece conexões entre a Internet e diversos objetos, como automóveis, eletrodomésticos, celulares e outros aparelhos móveis. Em tese, a internet das coisas é um ambiente inteligente, responsável por realizar tarefas do nosso cotidiano – como verificar o que há em sua geladeira, fazer uma lista de itens faltantes, acessar o site do supermercado e fazer as compras por você.
Vivendo como nos Jetsons!
Em casa: Como no famoso desenho da década de 1960, objetos dentro de casas inteligentes falarão entre si para facilitar atividades diárias: o despertador avisará a cafeteira que a pessoa está prestes a acordar e que se deve começar o preparo do café. Enquanto isso a geladeira cria uma notificação de que está na hora de fazer as compras e o despertador avisa o usuário de suas tarefas do dia antes mesmo de levantar da cama.
Na rua: Sensores de ré, velocidade e distância, faróis automáticos e outras tecnologias já estão presentes em alguns automóveis. A Internet das Coisas, no entanto, pretende normalizar carros independentes, que dirijam sozinhos, criem rotas alternativas e façam a previsão do tempo de viagem, por exemplo.
No trabalho: Ao invés de teleconferências, a evolução da computação possibilitará a criação de hologramas para estabelecer reuniões à distância.
Durante as compras: Eletrodomésticos da cozinha, por exemplo, poderão identificar a falta de algum alimento e realizar a compra em um supermercado. Você poderá passar em um drive-thru e apenas recolher os produtos.
Mas e no aspecto segurança na Internet, devemos nos preocupar?
A consequência é que, se queremos viver em um mundo que usa as portas abertas e passagens da Internet para facilitar a vida, sempre haverá certa quantidade de pessoas lá fora que querem explorá-la pelas razões erradas. Apesar das vantagens que e estes dispositivos nos proporcionam, eles também tornaram-se os principais candidatos para atacantes e ativistas que buscam comprometer seu poder e transformá-los em botnets ou plataformas maliciosas similares utilizadas para distribuir ataques (DDoS).
Qual o Motivo? Simples: distribuir ataques via dispositivos inteligentes não tripulados torna mais difícil de rastrear.
Mas o que é uma Botnet mesmo?
O termo bot é uma abreviatura de robô. Os criminosos distribuem software malicioso (também conhecido como malware) que pode transformar o seu computador (ou seu aparelho inteligente) num bot (robô) (também chamado zombie). Quando isso acontece, ele pode executar tarefas automatizadas através da Internet, sem o seu conhecimento.
Os criminosos utilizam normalmente bots para infectar um grande número de computadores. Estes computadores formam uma rede ou uma Botnet. Os criminosos utilizam as botnets para enviar mensagens de spam, disseminar vírus, atacar computadores e servidores e cometer outros tipos de crimes e fraudes. Se o seu computador fizer parte de uma botnet ele pode estar ajudando os criminosos.
Entendendo o que é um ataque DDoS
Por mais complicado que pareça, é tudo bem simples. O conhecido popularmente como ataque de negação de serviço, ou simplesmente DDoS (Denial of Service, na sigla em inglês) usado para derrubar grandes sites. Simplificando, um ataque DDoS é capaz de ser direcionado a qualquer dispositivo que tenha algum nível de conectividade com a Internet.
Por meio de um comando que parte de uma ou várias máquinas mestres, o atacante ordena que as máquinas zumbis acessem um endereço específico na mesma data e horário. Esse servidor pode ser responsável por diferentes tipos de serviços – como manter uma página de internet ativa, completar transações bancárias online, entre outras. O mais comum é que os ataques aconteçam nos servidores web, onde estão hospedados os sites de uma empresa.
Quando um número muito grande de computadores tenta acessar ao mesmo tempo a página de um site, há uma sobrecarga no servidor, que fica, então, impossibilitado de atender a todas as requisições simultâneas de acesso dos “usuários”. Alguns desses servidores podem simplesmente reiniciar ou parar de funcionar.
Conclusão, não há como negar que a evolução tecnológica torna nossa rotina diária mais fácil e atraente, porém não devemos nos esquecer que quanto mais aparelhos conectados na internet, mais ferramentas os atacantes terão para proveres seus ataques. A pergunta que faço é: estamos preparados? Especialistas ainda estão discutindo formas de se proteger desses ataques. O que tem nos preocupado é que estes dispositivos geralmente não possuem uma interface para configurações e atualizações.