Os técnicos administrativos em educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram agora há pouco, numa votação quase unânime, aderir à greve a partir da próxima segunda-feira (31). A greve é uma reposta da categoria ao governo ilegítimo de Michel Temer de que os trabalhadores não ficarão calados frente ao feroz ataque que busca ser implementado por meio da Proposta de Emenda Constitucional 241, conhecida como PEC da morte.

Conforme tem se denunciado de forma reiterada pelos trabalhadores e movimentos sociais, a medida deve impor um grande retrocesso ao país, pois uma de suas consequências é o congelamento de gastos com saúde e educação por vinte anos. Para se ter uma ideia, um levantamento mostrou que a UFRJ teria perdido pelo menos R$ 1 bilhão e 260 milhões se a Proposta tivesse sido aprovada há dez anos.

Além de marcar posição contra a PEC, a paralisação também visa pressionar o governo a garantir o acordo da greve de 2015, como o aprimoramento da carreira, realização de capacitação e qualificação em estágio probatório, o reconhecimento de títulos e a utilização de disciplinas de graduação e pós-graduação para pleitear progressão por capacitação e outros assuntos que estavam em discussão.

Com a decisão dos servidores UFRJ de aderir à greve, agora são vinte e sete instituições federais de ensino superior federais paradas, conforme informação da Federação dos sindicatos dos técnicos (FASUBRA). Como no decorrer da semana ainda serão realizadas várias assembleias, a tendência é esse número aumentar ainda mais.

Durante a assembleia dos técnicos da UFRJ de hoje várias pessoas destacaram o fato de o mais difícil não é aprovar a greve, mas garantir a mobilização da categoria em torno das bandeiras de luta.

Ficou decidido que na próxima semana haverá reuniões para organização do comando local de grave, além de uma nova assembleia para avaliar a organização do movimento paredista.

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