Embora poucos grupos estejam de fato engajados, o trabalho em torno da temática da informação e da documentação jurídica vem ganhando fôlego nos últimos tempos. Alguns grupos jurídicos se reestruturaram e retomaram a discussão de temas que estão na ordem do dia, como o estabelecimento de critérios exclusivos para identificar a raridade das obras do Direito. Pena que estes grupos se mantenham devido à iniciativa e insistência de poucos indivíduos, como bem aponta a bibliotecária Edilenice Passos. Ela própria é uma dessas pessoas que se esforçam por manter ativa a discussão sobre estes temas. Para tanto, criou a lista Infolegis, que se trata de um importante instrumento de auxílio aos pesquisadores da área, e publicou uma série de trabalhos sobre o assunto. Mestre em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade de Brasília (UnB), foi a primeira bibliotecária a ocupar o importante cargo de diretora da Secretaria de Informação e Documentação (SIDOC) do Senado Federal. Mesmo aposentada do serviço público, ela continua a fazer planos: “Meu envolvimento com a Biblioteconomia Jurídica vai perdurar. Alguns projetos antigos vão continuar e novos estão surgindo”. Nesta entrevista, concedida à Revista Biblioo, Edilenice fala e aponta avanços e retrocessos na área de informação e documentação jurídica.

Edilenice, você se destacou profissionalmente à frente do INFOLEGIS. Que avaliação você faz deste importante instrumento de auxílio aos pesquisadores da área de informação e documentação jurídica?

A lista Infolegis tem se mostrado um instrumento eficiente para auxiliar os bibliotecários jurídicos, seja na divulgação diária das decisões dos tribunais brasileiros e outras notícias de interesse para os profissionais da área, seja para o contato feito pelos próprios bibliotecários que postam suas dificuldades para localizar material ou qualquer outra dúvida na sua atuação profissional.

Observe-se que a lista Infolegis é um serviço gratuito que funciona desde 2002 agregando os bibliotecários jurídicos brasileiros. A ideia não é ser grande, isto é, não é ter um número grande de assinantes, mas ter como assinantes pessoas que estejam ligadas à Biblioteconomia Jurídica ou ao Direito.

Em 2013, Marcelo Pedro Dantas, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro [UNIRIO], em seu TCC, estudou a lista Infolegis, e concluiu que os pedidos enviados “concentram-se em cópias de artigos, de partes de livros e legislação, jurisprudência e pareceres”. O autor comprovou que em geral os pedidos são atendidos via lista ou envio privado de mensagem. Apesar de não ter sido objetivo de seu estudo, o autor também identificou que a lista é lugar de divulgação de novidades, tornando-se uma fonte de atualização para os profissionais.

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