Há muito tempo que os vestibulares tiram o sono de muita gente. E atualmente fala-se muito na carreira pública, seus benefícios e sua forma de ingresso: o concurso.
A preparação para essas provas costuma ser um processo longo, e – para muitos – doloroso.
Eu venho me preparando para concursos públicos há algum tempo, e com isso aprendi diversas técnicas que têm me ajudado bastante. Se você pretende melhorar seu desempenho, é só continuar lendo este post!
Conheça-se!
Acredito que o que mais mudou o meu desempenho nos estudos, e claro, nos concursos, foi conhecer melhor minhas capacidades e limitações. Considero dois aspectos os mais importantes:
Descubra o seu tipo de memória
Cada pessoa tem facilidade para aprender e reter o conhecimento de uma forma, utilizando mais um ou outro sentido. Vamos entender um pouquinho mais sobre cada tipo de memória para que você identifique qual o seu perfil?
- Memória visual ou fotográfica: as pessoas com esse tipo de memória precisam ter sua visão completamente focada no objeto de estudo. Pode ser um texto, um vídeo, um diagrama, um esquema… Mas a pessoa precisa ver, olhar durante um bom tempo, absorver a mensagem. Geralmente o barulho incomoda muito a essas pessoas e estímulos físicos também. Também podem sentir dificuldade para escrever ou fazer anotações enquanto se concentram visualmente.
- Memória auditiva: as pessoas com esse tipo de memória têm bastante facilidade em sala de aula. Basta ouvir a explicação do professor para entender e reter o conhecimento. Geralmente não se dão muito bem com a leitura de textos ou esquemas, e não gostam (ou não sentem necessidade) de fazer anotações. Qualquer estímulo auditivo atrapalha muito as pessoas com esse tipo de memória.
- Memória mecânica ou tátil: as pessoas com esse tipo de memória são aquelas que costumam fazer “taquigrafia” das aulas. Resumem todos os livros que leem e sentem necessidade de papel e lápis na mão em qualquer reunião. Mesmo que não anotem o conteúdo, precisam rabiscar para se concentrarem no que está sendo dito. Também costumam grifar ou sublinhar os textos com mais frequência e extensão do que a maioria das pessoas. Fazem esquemas, tabelas e resumos para reter o conteúdo.
- Memória vocal: É muito parecida com a memória auditiva, mas neste caso o estímulo é a própria voz. As pessoas com esse tipo de memória às vezes passam por chatas ou malucas: sentem necessidade de oralizar o que estão aprendendo para poder reter o conteúdo. Sentem-se muito bem em grupos de estudos, onde podem falar o que aprenderam e geralmente se dão bem na carreira acadêmica. Costumam ler em voz alta, fazer gravações com notas para si mesmos, e render muito nos estudos quando ensinam alguma coisa aos colegas.
- Existe ainda a memória olfativa, mas essa em nada – ou quase nada, vai saber! – ajuda o estudante.
É importante lembrar que todos temos os 5 tipos de memória, mas cada um desenvolve mais uma ou duas delas.
Ao longo da nossa vida escolar a gente consegue identificar e desenvolver nossas memórias. Já conseguiu identificar a sua memória mais desenvolvida? A minha é a mecânica!
Saber qual é o tipo de memória mais desenvolvida vai te ajudar a escolher melhor o material e a estratégia de estudo. No final deste texto você encontrará o link para download de uma tabela com indicações de material e estratégias de estudo mais adequadas para cada tipo de memória.
Descubra o seu horário ideal de estudo
Certamente durante a sua vida você identificou qual o “melhor horário do dia” pra você, não é? Existem pessoas que funcionam muito bem pela manhã e são um verdadeiro fiasco à noite. Também existe o contrário: pessoas que adoram a noite e não funcionam bem na parte da manhã.
É muito importante identificar o seu horário de estudo, porque é durante este horário que você deverá concentrar as atividades que geram maior retenção de conhecimento. Assim você aperfeiçoa os seus estudos.
Para saber seu horário de maior rendimento, o ideal é analisar como você se sentia na escola nos períodos matutino e vespertino. Tente se lembrar como era o seu rendimento, o quanto você aprendia. E lembre-se: dificuldade para acordar cedo PODE ser um indício de que a manhã não é o seu melhor horário, mas isso não é DETERMINANTE. Avalie seus hábitos alimentares, a qualidade do seu sono. E TESTE. Sim! Se você está começando agora a estudar, teste os seus horários e identifique em qual você se sente mais confortável!
Eu sempre me dei bem na parte da manhã: tenho facilidade para acordar cedo (fico muito mal humorada se acordo tarde, inclusive!), fico mais bem disposta, realizo minhas atividades rapidamente, apreendo mais informações… Enfim, é a parte do meu dia que rende mais. À tarde, logo depois do almoço até umas 14:30-15:00 meu dia quase não rende. Sinto-me muito fraca e sonolenta. Das 15:00 às 20:00 isso melhora, mas não se compara com a parte da manhã. Das 20:00 em diante é melhor não forçar meus estudos.
Saber o seu melhor horário vai evitar que você se frustre: muitos estudantes passam 8 ou 10 horas por dia estudando, mas no horário de pior desempenho. Acabam acreditando que são incapazes e se sentem desestimulados a seguir em frente. Avalie com franqueza o seu desempenho. Mais valem 3 ou 4 horas BEM ESTUDADAS do que 12 com um péssimo desempenho. =)
[Este texto foi publicado originalmente no blog Produzindo.Net. A segunda parte do texto será publicada ainda essa semana.]