Na manhã de sábado (29) a Biblioteca Parque do estado do Rio de Janeiro (BPE) foi reaberta ao público com uma cerimônia marcada por novidades, clichês políticos e oportunismos. Dentre as novidades, além da modernização, a exposição “Vinicius de Moraes – 100 anos” foi uma das atrações do evento.

Fechada desde 2008 para reformas de modernização, a BPE reabre com uma espaço de 15 metros quadrados, com acervo de livros e quadrinhos, 20 mil filmes, 3 milhões de músicas digitalizadas, biblioteca infantil, teatro com 240 lugares, auditório com 90 lugares, estúdios de som, laboratórios, cafeteria e  bicicletário com 40 vagas.

Esse luxo todo contrastou com algumas questões que ficaram visíveis ao andar por entre as estantes. Uma delas é que parte do acervo ainda não está todo catalogado, muitos livros ainda nem tinham número de chamada e estavam nas estantes com a finalidade de preencher espaços. Outra questão que deve ser pensada é a segurança não só dos funcionários como também dos leitores, ultimamente muitos assaltos e pouco policiamento tem sido uma constante na região.

É muito importante que a classe bibliotecária e principalmente os órgãos de fiscalização estejam atentos na garantia de atuação profissional dos bibliotecários nesses espaços. Atualmente no Rio de Janeiro foram criadas quatro bibliotecas parque e até o momento nenhum concurso foi aberto para a contratação de bibliotecários para atuar nessas bibliotecas.

Como no Brasil obra pública em ano de eleição vira créditos de campanha e passa a ser personificada. A classe bibliotecária e a sociedade civil como um todo deve ocupar esses espaços e reivindicar a manutenção e continuidade nos próximos governos. Afinal de contas a modernização da BPE não é um feito do Cabral e muito menos do Pezão, é uma reforma feita com verba dos cofres públicos e deve servir toda a sociedade brasileira.

Confira algumas fotos da reinauguração.

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