Em meio a um contexto de manifestações por diversas cidades brasileiras, surge uma nova maneira de se fazer jornalismo: a cobertura das manifestações pela mídia Ninja parece dar um choque de verdade nos grandes conglomerados midiáticos do Brasil.

O que leva um cidadão comum ficar horas acompanhando uma transmissão com uma imagem não muito nítida através de um link? Talvez a resposta esteja na espontaneidade de jovens que se misturam entre os manifestantes para mostrar as manifestações como elas são, sem cortes, censuras e edições.

A mídia Ninja tornou-se o canal de transmissão oficial das manifestações, uma vez que a grande mídia brasileira parece não estar muito interessada em noticiar os gritos de indignação vindo das ruas, quando transmitem, a cobertura é feita de cima, através das imagens dos helicópteros.

Durante o protesto realizado na festa de casamento da filha do magnata do transporte carioca, Jacob Barata, a mídia Ninja foi o único canal a transmitir em tempo real as manifestações e flagrar o momento em que um manifestante foi atingido na cabeça por um cinzeiro. Enquanto isso, os canais de comunicação tradicionais, praticamente renegavam a manifestação e preferiram continuar com a transmissão de suas novelas e de seus programas de entretenimento.

Nesse bojo de protestos e manifestações a cobertura da mídia Ninja deixa uma lição clara e assertiva. O bafo quente vindo das ruas demonstra a necessidade de que a mudança, cada vez mais, depende da democratização dos meios de comunicação. Essa é a conjuntura ideal para retomarmos as discussões, que andam esquecidas, a respeito do marco regulatório da mídia no Brasil.

O trabalho da mídia Ninja demonstra que isso é possível. Esses jovens conseguem fazer se divertindo, o que grandes “ícones” da mídia brasileira não conseguem fazer trabalhando. Basta analisar o que estão dizendo o Jabor, o Reinaldo Azevedo, o Datena, o Mainardi, o Bonner…

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