Vida, modo de usar: dica de como torná-la um inferno:

Faça algo forçado ou tente fazer alguma coisa que não te dar prazer!

 

Recebi um pequeno convite pelo editor dessa revista para escrever sobre um tema específico algo relacionado ao carnaval e os livros… Não lido bem com isso, principalmente quando escrevo, mas como eu que tinha pedido, falei tudo bem!

Assim, comecei a fazer uma prévia sobre alguns assuntos que me desse uma nova forma de ver, não sou poeta, mas como Otto Lara Resende escreveu tão bem em Vista cansada:

“Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio”

 

Li uns dois livros, vasculhei a internet, li resenhas, tentei fazer correlações de temas opostos e cada vez que me sentava era só para fazer uns rascunhos com destino ao arquivo L. Não conseguia achar esse novo olhar sobre o tema.

Fiquei uma semana sem escrever em novas formas de abordar esse assunto. Pensei em ligar para o Editor e falar que não iria conseguir e que esse mês não teria texto… Quando me lembrei de um escritor que falava justamente desse branco na mente, desse parto de fazer coisas que não queríamos e que para realizar certas coisas, no meu caso um texto como tema proposto, deveria me pegar pela gola da camisa e escrever nem que fosse sobre a cadeira, mais escreveria…

Então, meu caro Editor e Leitores, esse mês eu quero uma folga das paredes cinza do meu Homer Office; quero que os livros da minha estante fiquem lá fechadinhos; não vou escrever sobre o que não quero.

Larguei o lápis…

 A melhor forma de viver é vivendo… Largue como eu um pouco a leitura obrigatória e caia em um dos milhares de blocos de carnaval; não pense com isso que estou incentivando a irresponsabilidade; estou sim lutando pelo o Ócio Criativo muito bem defendido por Domenico de Masi.

“Porque a maioria das pessoas não consegue melhorar o nível de vida com sua profissão? E por que não são felizes com aquilo que fazem profissionalmente? A resposta pode estar na forma pelo qual a maioria das empresas e pessoas são gerenciadas, isto é, por um modelo de negócio do início do século XX, na qual as pessoas não se sentem à vontade. As pessoas precisam de um novo ambiente onde possam ser felizes e produtivas.”

 

Para ele, o futuro pertence a quem sabe mesclar trabalho, estudos, atividades lúdicas e tempo livre.

Então se der, procure algum bloco de rua; não se leve tão a sério. Relaxe… São só quatro dias de Carnaval. Os livros vão estar onde você os deixou…

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