Há cinco anos falecia em São Paulo o maior colecionador brasileiro de livros: José Mindlin. Aos 95 anos, o bibliófilo deixou um legado enorme para a cultura brasileira. Ainda em vida, doou a maior biblioteca particular com aproximadamente 60 mil volumes, entre elas muitas obras raras, para a Universidade de São Paulo (USP). A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM), órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, foi criada em 2005. Gostaria de prestar uma homenagem a este grande homem que sabia valorar o livro e a leitura, contribuindo ricamente para a sociedade brasileira.

José Ephim Mindlin (São Paulo, 08/09/1914 – 28/02/2010) iniciou a sua carreira como jornalista do jornal O Estado de São Paulo. Graduou-se em Direito pela USP em 1936, onde conheceu a estudante Guita (1916-2006), com quem se casou. Ele exerceu a profissão de advogado durante 20 anos. Em 1950, fundou a empresa Metal Leve. Esta se tornou uma das maiores empresas no setor de peças automotivas do país. Desta forma, estimulou o desenvolvimento tecnológico e as exportações de manufaturados nacionais. Deixou a empresa em 1996, começando a se dedicar a colecionar livros raros, sua paixão desde os 13 anos de idade. A sua esposa, Guita Mindlin, também amava os livros e juntos formaram uma das maiores e mais importantes bibliotecas privadas do país. O casal era amigo do bibliófilo e bibliotecário Rubens Borba de Moraes (1899-1986), a quem deixou a sua biblioteca. Também foi amigo de grandes escritores, como João Guimarães Rosa, José Saramago, Carlos Drummond de Andrade e Monteiro Lobato.

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