Se alguém quiser entender a historiografia brasileira de 1808 até os dias atuais, basta visitar a Hemeroteca Digital Brasileira. Lá encontrará uma coleção de jornais, revistas, anuários, boletins e outras publicações seriadas da coleção da Biblioteca Nacional, que por meio da Lei do Depósito Legal – obrigatoriedade do depósito na Biblioteca Nacional de um exemplar de tudo o que se publica no país – se beneficiou com a aquisição de milhões de páginas de nossa memória impressa.
Considerada a mais antiga e completa do país, a Hemeroteca Digital Brasileira, a partir de 2011, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), começou a digitalizar e disponibilizar dez milhões de páginas de periódicos brasileiros, que estão em domínio público. E, por meio do Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros (Plano), começou a localização, reunião, organização, recuperação e preservação do acervo de outras instituições brasileiras.
Fazem parte da coleção jornais raros, extintos e correntes como o Correio da Manhã (1901) – um dos mais importantes da história da imprensa brasileira e o jornal extinto mais consultado na Biblioteca Nacional -, O Paiz (1860), Gazeta de Notícias (1875), Gazeta do Rio de Janeiro (1808) e Correio Braziliense (1808).
O acervo inclui, ainda, uma coleção, de 1907 a 1945, da revista Fon-Fon, “um semanário alegre, político, crítico e esfusiante” (com grafia da época), segundo a própria publicação.
Do século XX, há revistas como Careta, O Malho, Revista da Semana, Klaxon (revista sobre arte, criada depois da Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, pelos participantes do Movimento Modernista), entre outras.
Assim como jornais que marcaram a história da imprensa no Brasil como A Noite, Correio Paulistano, A Manhã e Última Hora também podem ser consultados.