O Laboratório de Narrativas Negras e Indígenas para Audiovisual oferecerá uma formação para 40 potenciais roteiristas que se autodeclarem negros/negras ou indígenas, com encontros semanais que ocorrerão por plataforma digital, com cerca de 20 roteiristas da Globo. Será um espaço de trocas, aprendizados e novos repertórios literários e cinematográficos. São 20 vagas para pessoas que se autodeclarem negros/negras e 20 vagas para as que se autodeclarem indígenas.

O processo tem como objetivo incentivar a produção de narrativas potentes e criativas de roteiristas negros/negras e indígenas, suprindo uma incompreensível lacuna na produção audiovisual do Brasil. “Somente as pessoas negres e indígenas podem reinventar seu lugar em nossa dramaturgia”, diz a chamada do curso, cujas inscrições começaram no dia 07 deste mês e se estendem até o próximo dia 31.

Há nove edições, a Flup (Festa Literária das Periferias) vem se destacando como uma plataforma de criação de grandes histórias literárias. Já foram lançados 21 livros com mais de 200 talentos da periferia, a primeira antologia de dramaturgia negra da história do país. Com o Laboratório de Narrativas Negras para Audiovisual, em parceria com a Globo, se conseguiu identificar a primeira geração de roteiristas negres do Brasil.

As três primeiras edições do Laboratório de Narrativas Negras para Audiovisual tiveram números extraordinários: mais de 1 mil inscrições, 100 participantes, 89 argumentos entregues, 18 roteiristas contratados pela Globo e 1 especial de Natal produzido e exibido pela emissora em 2019 a partir de um argumento construído no Laboratório. Pelo menos cinco argumentos concebidos no projeto estão em processo de adaptação para filmes ou séries em produções envolvendo outros parceiros.

“Neste contexto, a Flup e a Globo unem suas experiências para criar um projeto com duplo viés: a formação de roteiristas indígenas e negres para a produção de narrativas audiovisuais e a criação de um ambiente que provoque e instigue a criatividade para fazer emergir histórias e personagens latentes de um universo ainda pouco explorado e representado pela nossa dramaturgia”, diz a chamada de inscrição.

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