RIO – Carlos Alberto Ferreira Café comenta sobre Arquitetura da Informação.

Hanna Gledyz: Fale de suas formações e conte como surgiu seu interesse pela Arquitetura da Informação.

Carlos Alberto Ferreira Café: Sou bibliotecário formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) no final de 1999. Fiz duas especializações, uma em Gestão da Informação e Inteligência Competitiva e outra em Gestão do Conhecimento. Sou mestre em Ciência da Informação (UFF) e atualmente sou doutorando em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (UFRJ). Na área de Informática fiz alguns cursos importantes como formação em Webdesigner e Webmaster pelo Escola Superior de Tecnologia da Informação (INFNET), mais certificações no Pacote Adobe, certificado MSCO – Microsoft Office, Certificado em PMI (Gerencia de Projetos) e por fim Certificado em Desenvolvimento Web via JAVA. Sou um estranho bibliotecário amante da tecnologia e que gosta de números. Me apaixonei pela Arquitetura da Informação quando vi como funcionava a web e a interação dela com a Biblioteconomia, neste momento vi que as minhas duas grandes paixões, fora minha esposa e meus gatos, poderiam se unir, pois usar os conceitos da biblioteconomia na área de tecnologia era o máximo.

H. G.: O que é a Arquitetura da Informação? Quem são os pioneiros?

C. A. F. C.: Arquitetura de Informação, segundo muitos autores, seria a forma de estruturar informações no ambiente web, para que qualquer usuário consiga se encontrar. Wurman, precursor da arquitetura, afirma que seria a maneira de tornar o complexo em simples, o conceito de AI aparece muito nos pensamentos de quem trabalha com a web e agora está sendo mais apreciado pelos bibliotecários.

H. G.: Como se tornar um arquiteto de informação?

C. A. F. C.: Como a área de Arquitetura de Informação pode ser considerada uma área multidisciplinar, pois agrega áreas como Biblioteconomia, Ciência da Informação e da Computação, Design, Psicologia através da Ciência Cognitiva e Ergonomia. Um Arquiteto de Informação, no Rio de Janeiro, não tem a sua disposição uma pós-graduação e sim cursos de extensão, pós-fundamentada teria em São Paulo e a nível de mestrado uma linha de pesquisa na UNB. Devido a isso muitos arquitetos acabaram sendo autodidatas, procurando se enquadrar nas necessidades mercadológicas. O conhecimento de ferramentas de prototipação como o AXURE-Pro é uma das necessidades que podemos falar “básicas”, mais conhecimentos de organização, da informação, de Folksonomia, de usabilidade, de interação do ser humano com o computador, condições importantes deste “novo” profissional.

H. G.: Com o avanço da tecnologia, você acha que a AI é uma nova tendência para os bibliotecários?

C. A. F. C.: Não acho que seja tendência, pois isso da cunho de passageiro, mas acredito sim que é um caminho novo e com sólidas possibilidades para bibliotecários que queiram atuar em um ambiente relativamente “novo” para a nossa área.

H. G.: Quais são as suas dicas de livros sobre o assunto?

A primeira dica de livro seria “Information Architecture” (clássico livro do Urso Polar) do Rosenfeld e Morville, outra dica importante seria o livro do JJ Garret que criou o diagrama do projeto de web pages, o título é “The Elements of User Experience”. Há um livro para quem está iniciando, do Luiz Agner, que se chama “Ernogonomia e Arquitetura da Informação”, que trabalha com conceitos básicos e introdutórios, ótima leitura. E por fim, um outro clássico que se chama “Não me faça pensar” do Kruguer.

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