Escrevi sobre a longa greve da Universidade de São Paulo há alguns meses, a mais longa da já ocorrida na USP, 116 dias de tensão, suor e pés cansados de passeatas.
Terminou com acordo na justiça do trabalho, a quem a USP recorreu na esperança de que a greve fosse julgada ilegal. Mas não foi isso o que aconteceu. O juiz determinou que a Universidade pagasse os salários que haviam sido cortados e apresentou uma proposta de conciliação incluindo reajuste salarial de 5,20 % (em duas parcelas) e abono de 28,60% para tornar o reajuste retroativa à nossa data-base. Foi um bom resultado, de certa forma, porque essa decisão referenda o que sempre dissemos: greve é um direito do trabalhador e reajuste salarial também. Crise financeira não pode ser motivo para não pagar quem trabalha.
Agora escrevo sob o impacto da divulgação da primeira lista de funcionários que aderiram ao plano de demissão voluntária lançado pela USP. Quase 1500 colegas vão embora. Sabíamos que isso iria acontecer, mas diante do fato consumado não é possível evitar a angústia de pensar no que nos aguarda. E agora, como vai ser? Durante a greve foi disseminada à imprensa a ideia de que a USP tem excesso de funcionários, o que não corresponde absolutamente à realidade na qual eu vivo e trabalho.
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