Uma revolução precisa de tempo para se instalar e a movimentação que acontece atualmente (principalmente da classe média), não passa de uma “marolinha” do verdadeiro tsunami de revolta que vamos vivenciar daqui a alguns anos.
Meu raciocínio é simples e espero estar totalmente enganado: uma economia forte se faz com investimentos pesados em educação, cultura e no crescimento intelectual; não com redução de IPI, “bolsas diversas”, criação de guetos e incentivos de consumos. Somos o segundo povo mais taxado do mundo em impostos e aceitamos calados, como bons puros sangues puxadores de carroça, o pagamento antecipado de impostos e o novo pagamento de vários serviços privados do nosso próprio bolso, já que os públicos estão muito abaixo da qualidade devida.
Todavia, se não acredito numa revolução no país, sou totalmente crédulo em revoluções pessoais. Revolução é só uma palavra, assim como amor, ódio e tantas outras, o que realmente importa é a conexão que ela implica e o que você faz para manter essa conexão na sua vida. Essa conexão é algo que te motiva, te impulsiona? Aliás, o que você anda fazendo com a sua vida? Anda tomando boas decisões? Pare de ouvir essas pessoas que são hábeis podadores dos sonhos alheios e péssimos regadores das realizações possíveis. A longo prazo, moldamos nossas vidas e nós mesmos. As escolhas diárias que fazemos são, impreterivelmente, de nossa responsabilidade.
Uma ideia louca: tudo o que você fizer na sua vida, deve ser feito porque você quer, mais do que qualquer coisa no mundo. Quando fizer seus planos, você deve almejar a vida mais excitante e gloriosa que você possa imaginar não apenas a “segurança” e o “sucesso” convencionais, o prêmio de consolação dos cansados e desesperados. O que poderia ser mais radical do que escolher suas ações de acordo com o quão agradáveis elas são, ao invés de quão morais, o quão responsáveis ou os quão socialmente aceitáveis elas pareçam ser?
Perseguir os seus desejos não significa apenas seguir cegamente os seus impulsos aonde quer que eles o levem. Significa, primeiro, procurar o que você realmente quer: revirar os seus desejos e descobrir quais são verdadeiros e quais são ilusórios, quais são os mais fortes e quais os mais fracos, qual trará mais felicidade no final. Significa reconstruir você mesmo e a sua vida de modo que você possa ir atrás do maior número de desejos possível (já que não há garantia de que todos eles possam ser alcançados simultaneamente – a maioria de nós encontra-se, constantemente, levados por impulsos e desejos conflitantes a direções opostas); significa analisar e priorizar seus próprios desejos.
Buscar os seus desejos também significa reconstruir a nossa sociedade. Cada um de nós é produto do mundo em que vivemos; e o próprio mundo é produto de nossos esforços. Para reconstruir a si próprio e a sua vida, você deve reconstruir o mundo que constrói e afeta você.
(autoria anarquista desconhecida)
Para isso, entenda que o único obstáculo entre você e seus objetivos são as ladainhas que inventa para justificar para si mesmo o porquê não consegue alcançá-lo. Quando isso for assimilado e vivenciado no seu dia a dia, aí sim, acreditarei na revolução! E seremos irmãos!
Eu acredito em você! Então uma pergunta final: qual será a primeira decisão revolucionária da sua vida hoje?