Certa vez ouvi que oportunidades passam rápido, mesmo assim, esperamos uma promoção, o diploma, uma boa nota no concurso, aquela pessoa especial.

Não espere amanhã para ser feliz. Não dependa dos outros para ser feliz. Não espere possuir uma coisa para ser feliz. Não espere ocorrer uma situação para ser feliz. Afinal, você não precisa disso para ser feliz. A felicidade não é uma obrigação, mas sim uma opção, porém, por incrível que pareça, muita gente por aí está optando por não ser feliz. Como é que pode?

A felicidade é algo que viceja se vivenciada no presente, com o que se tem e se pode ter, e não apenas planejada para se viver exclusivamente no futuro, com uma coisa ou situação que você (ainda) não tem ou que (ainda) não ocorreu. Tenha a coragem de viver uma vida fiel ao que você é, e não a vida que os outros esperam de você.

Faça o que quiser! Você sempre estará certo e redondamente errado.

Num certo trecho do livro A História Sem Fim, de Michael Ende, o personagem Bastian Baltazar Bux descobre que no verso da medalha, O Aurin, que lhe dá poderes para realizar qualquer um de seus desejos, sem limites, está escrito: “Faça o que quiser”.

Esta frase nunca foi nenhuma novidade. Pessoas cresceram ouvindo numa música do Raul, outra citação que é uma máxima de Aleister Crowley.

Ela também pode ser encontrada em Gargantua e Pantagruel, de Rabelais.

Essa frase tão simples, muitas vezes confundida com caos, é bagunça, é na verdade uma forma alternativa do imperativo categórico de Kant, um convite a Ética, basta para isso perceber que “Faça o que quiser” é diferente de “Faça o que lhe agrada”. Para fazer, de fato, o que se quer é preciso boa dose de conhecimento de si, do outro e do mundo.

Encontrei a frase novamente, citada por um blogueiro que cita Rabelais, no livro Ética Para o Meu Filho, de Fernando Savater:

Assim dispusera Gargantua. Sua única regra era:

FAÇA O QUE QUISER,

porque as pessoas livres, bem nascidas e bem educadas, quando tratam com pessoas honradas tem por natureza um instinto e um ímpeto que sempre as leva a feitos virtuosos e as afasta do vício, o que chamam de honra. Mas quando essas pessoas por vil sujeição e imposição veem-se reprimidas e constrangidas, desviam-se do nobre pendor, pelo qual livremente tendiam à virtude, para se rebelar e romper o jogo da servidão, pois sempre tendemos buscar o proibido e a buscar o que nos é negado.

Em A República, Platão narra a lenda do pastor Giges que encontra, no fundo de um abismo, um anel que lhe permite ser invisível (Sim, essa historia inspirou uma trilogia de Tolkien e o homem invisível do livro de H.G. Wells).

Ao usar o anel e ficando invisível, ele passa a agir sem escrúpulos e, movido pelo desejo de poder, rouba, seduz e mata.

Somos o resultado de nossos desejos, os alheios e o tempo que dedicamos a ambos.

Se você optou por algo, seja o melhor nisso! Eu ainda não sou, mas dou o melhor sorriso de bom dia.

 Bronnie Ware, enfermeira australiana, revelou em seu blog, e mais tarde no livro  The Top Five Regrets of Dying: A Life Transformed by the Dearly Departing , os 5 arrependimentos mais comuns entre os que estão no leito de morte.

1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel ao que eu sou, e não a vida que os outros esperavam de mim;

2. Eu gostaria de ter trabalhado menos; (Esse vou me dedicar de coração!)

3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos;

4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos;

5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz.

Este arrependimento é surpreendentemente comum. Muitos não perceberam, até o fim da vida, que a felicidade é uma escolha. Não espere chegar lá para perceber isso! Escolha isso hoje!

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