O fantasma da privatização começou assolar as universidades públicas brasileiras no governo Fernando Henrique Cardoso quando o então Ministro da Educação, Paulo Renato, adotou uma política de retrocesso, visando sucatear e em seguida privatizar o ensino superior.

No governo interino de Michel Temer o discurso de privatizante e a retirada dos direitos sociais conquistados estão escancarados e sendo anunciados com toda pompa. O editorial do jornal O Globo pedindo o fim do ensino superior gratuito é uma afronta às universidades públicas e a toda comunidade acadêmica.

A atual situação do ensino superior não é um problema exclusivo da dita crise econômica, mas sim em grande parte fruto do descaso do poder público com o ensino superior. Basta olhar o que a gestão do governo do Rio de Janeiro está fazendo com uma das principais universidades públicas do Rio, a Uerj, são décadas de abandono e de cortes de verbas a ponto da universidade não ter como se manter e muito menos abrir suas portas.

Dentre as novidades da edição 58 da Revista Biblioo temos a reportagem sobre o programa Recode que busca incentivar a participação de jovens nas atividades culturais das bibliotecas; Mara Torres apresenta uma entrevista exclusiva com o historiador, Aristides Oliveira; Edilmar Alcantara apresenta reflexão a respeito da importância da educação continuada e Gabriela Bazan questiona o egoísmo bibliotecário.

Os bibliotecários e órgãos de representatividade precisam discutir os efeitos da privatização na profissão e também nas instituições. Aqui no Rio de Janeiro a gestão de algumas bibliotecas públicas já foram privatizadas, se continuarmos calados e desmobilizados o próximo passo será a privatização dos serviços oferecidos pelas bibliotecas. É preciso estar atento e forte!

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