RIO – O que move a paixão pelo colecionismo? Durante séculos o homem tem guardado com zelo os mais variados itens que lhe remetam a alguma lembrança ou gosto. Existem aqueles com alto poder aquisitivo, com suas telas milionárias, armazenadas a sete chaves. Há ainda as inigualáveis esculturas que, de tão valiosas, nem com muitos anos de trabalho poderiam ser adquiridas.

 

Paixão adolescente

Conhecido internacionalmente, José Mindlin cultivou a paixão por livros desde os 13 anos de idade. Acumulou cerca de 40.000 obras, muitas delas raras. A vida de dedicação aos livros lhe rendeu o título de membro da Academia de Letras, em 2006. Sua biblioteca foi eleita a maior (particular) do Brasil.

Recentemente um fã do vídeo game Super Nintendo, febre nos anos 90, colocou à venda em um site de leilões sua “biblioteca de jogos” pelo valor de US$ 25 mil (cerca de R$ 50 mil reais). Com o valor, ele pretendia adquirir a coleção de cartuchos para Super Nintendo lançados na Europa e no Japão, segundo o site Techtudo. Porém, formar uma coleção pode ser algo bem democrático, pouco custoso e simbólico.

Alan Muniz, vocalista da banda de rock Ágona, coleciona palhetas de guitarras adquiridas nos shows, cds, HQs e materiais de divulgação do seu próprio grupo, como cartazes e flyers. Para Alan, “a maioria das coisas que são guardadas têm um valor sentimental”. O cantor de Metal explica ainda que alguns itens representam a comprovação de um fato: “as palhetas servem como ‘prova’ de que estive no show de outra banda e participei”.

A sensação de possuir algo físico também é lembrada: “quanto aos HQs e cds, digo que gosto de ter o suporte físico”. Perguntado sobre a quantidade de objetos, Alan diz: “Ainda não contabilizei (risos), mas acho que Cds são uns 300; palhetas tenho umas 10 que eu peguei pessoalmente e HQs são uns 150 entre edições correntes e de luxo; da banda são cerca de 50 itens entre cartazes, credenciais, etc.”.

HQ: paixão que encanta gerações (Imagem: Divulgação)

Vale colecionar de tudo?

A pesquisadora e jornalista Agnes Lutterbach tem um gosto curioso. Ela possui uma coleção de lingerie e brincos. “Lingerie eu coleciono há pelo menos uns 8 anos. São mais de 200, que eu me lembre. Comecei a colecionar por gostar de me ver vestida com elas e isso me motivou a querer cada vez mais. Os brincos, desde criança. Sempre gostei daquelas pecinhas penduradas nas minhas orelhas… Sair sem brincos é como sair nua”.

A experiência de ser um colecionador pode ser uma boa opção para quem deseja ocupar-se com um hobby ou até mesmo desenvolver algo mais profissional. Seja de uma forma ou de outra, vale a aventura. Que tal começar a sua?

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