Nos últimos dias 21, 22, 23 e 24 de Julho de 2015, ocorreu na cidade de São Paulo a 26ª edição do CBBD, o Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, com o tema principal “Biblioteconomia, ciência e profissão”. Como sou graduanda em Biblioteconomia e moradora na cidade de São Paulo, não poderia perder esse momento tão importante.
Mas, como boa estudante, eu não tinha o dinheiro suficiente para o investimento. Estava triste e cabisbaixa, quando, na página da FEBAB, vi que eles haviam aberto as inscrições para o voluntariado pro CBBD. Vi aí minha oportunidade de participar. Enviei minha inscrição e aguardei ansiosamente. Alguns dias depois, para minha surpresa, recebi o e-mail me avisando que eu havia sido selecionada.
Alegria, alegria! Assim, no dia 20, fui à reunião para me inteirar dos pormenores do voluntariado e participação no evento já que eu, além de ajudar como voluntária, eu estava animadíssima para aproveitar o evento.
Meu primeiro dia foi no dia 21, quando ocorreram os minicursos. Ajudei na confecção das centenas de crachás e conheci todo o pessoal da organização. No mesmo dia, à noite, fui à abertura oficial, na belíssima Sala São Paulo, com as ilustres presenças de Nabil Bonduki, secretário de Cultura da cidade de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo, secretário da Cultura do estado de São Paulo, Regina Céli de Sousa, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, José Castillo Marques Neto, presidente do Plano Nacional do Livro e da Leitura e (com um emocionante discurso) Adriana Ferrari, presidente da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB).
Na ocasião foram prestadas homenagens à professora Neusa Dias de Macedo e aos 75 anos do curso de Biblioteconomia da FESPSP. Uma noite que já antecipava o que seriam os dias seguintes: agitados, cheios, intensos e emocionantes.
O dia seguinte já foi bem movimentado. Pela manhã o credenciamento; vi muitos conhecidos e fiz muitas novas amizades. Foi estupendo ver pessoas de todas as idades, do Brasil inteiro. Já no período da tarde, fui ao evento que eu mais queria participar: o “2º Fórum Brasileiro de Biblioteconomia Escolar: Pesquisa e Prática”.
Como eu fui como voluntária, ajudei com a organização da mesa, ajudei os palestrantes e, no momento das perguntas, levei o microfone aos participantes. O que não me impediu de absorver conteúdo e aproveitar muito.
O dia seguinte, dia 23, foi, para mim, o dia mais intenso. Pela manhã a palestra “Bibliotecas Escolares: realidade, tendências e desafios” trouxe Constanza Mekis e a querida Bernadete Campello. Foi tão legal que até cantamos Beatles! A tarde fui à palestra da professora Regina Célia Baptista Belluzzo, o momento que eu mais esperava de todo o Congresso, já que o tema do meu TCC aborda a Competência informacional; nada como uma especialista para te trazer informações novinhas e quentinhas, saídas do forno!
Dia 24, o último dia, foi mais calmo, mas não menos movimentado. Como muitos já estavam de partida após o congresso, o maleiro ficou muito lotado, e fiquei lá no período da manhã para dar uma força. Mas foi ótimo, pois vi mais gente ainda, e conversei o triplo.
No período da tarde auxiliei uma das salas que estava tendo apresentação de trabalhos e gostei muito de tudo o que vi; muita criatividade. Por fim, o encerramento, não menos emocionante que a abertura… Afinal, dias tão felizes como esses, nunca acabam; tentamos deixar eles sempre vivos na nossa memória. Foi muito legal ver novas relações surgindo, experiências sendo compartilhadas, contatos sendo trocados, novas ideias surgindo, novos insights acontecendo dentro de mim.
Muitos se impressionaram por eu estar trabalhando como voluntaria. Eu é que me surpreendi por eles! O trabalho voluntário é um presente, onde quem dá é quem recebe mais. Não podemos perder oportunidades por ficar na defensiva; pior do que pensar “como foi ruim” é pensar “por que não tentei?”.
A Biblioteconomia precisa de entusiasmo, ação. Coloquemos em prática aquilo que nos inquieta, aquilo que duvidemos que dê certo, aquilo que ninguém acredita, mas que nos desperta o amor, a paixão. Vamos nos desafiar a tornar a Biblioteconomia o centro das atenções, em nossos empregos, em nossas casas… Avante pela Biblioteconomia ativa!