Por Michelle Farias, do G1 AL.
A Biblioteca Pública de Alagoas foi inaugurada no dia 25 de junho de 1885 no prédio Palacete Barão de Jaraguá, no centro de Maceió. Com um acervo de 93 mil livros, o local recebia constantes visitas de estudantes e pesquisadores. Recebia. A biblioteca está fechada desde novembro de 2010 para restauração e a cada ano que passa a data de conclusão das obras é adiada novamente. A primeira previsão era que o prédio estivesse pronto em novembro de 2011, mas essa data já mudou várias vezes desde então.
Somente […] no G1, a notícia de que o prazo da reforma havia sido adiado novamente foi dada duas vezes em ocasiões diferentes. A última previsão da Secretaria de Cultura de Alagoas (Secult) é de que em novembro deste ano, finalmente, a biblioteca deve ser entregue à população. Segundo a assessoria, a obra de restauração do Palacete Barão de Jaraguá foi finalizada e o processo de modernização está quase no fim.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secult, a demora na obra é porque está sendo feita uma restauração e não uma reforma. Disse ainda que a restauração requer tempo e cuidado e que, durante esse processo, ocorreram alguns imprevistos que demandam ajustes no canteiro de obras, no projeto e planilha.
O projeto é fruto do convênio firmado entre a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e o Estado de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e foi orçado em R$ 1.793.180,77. A proposta do projeto é deixar o espaço modernizado, restaurado e transformá-lo em um centro cultural.
O acervo da biblioteca, que estava guardado no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte), ainda está sendo transferido para o prédio. Por isso, ainda de acordo com a assessoria da Secult, foi necessário o último adiamento para a reabertura da biblioteca.
Antes Biblioteca Pública do Estado, ela foi rebatizada como Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, em homenagem a um dos maiores escritores do estado.
O prédio histórico onde ela deve voltar a funcionar, o Palacete Barão de Jaraguá, que antes da obra também era utilizado pelo Arquivo Público, será todo ocupado pela biblioteca, com áreas planejadas para seus usuários com telecentro, setor em braile, acervo informatizado e acessível.
A modernização, que recebeu um investimento de R$ 3,2 milhões a partir de um convênio entre FBN, Ministério da Cultura (MinC) e governo do estado, contempla a compra de mobiliário e equipamentos tecnológicos como computadores, sistema de segurança e assinatura de periódicos e compra de títulos regionais de escritores alagoanos da Edufal. A biblioteca conta também com projeto de incêndio e pânico e acessibilidade com rampas nos elevadores e nos banheiros.