Em um país onde os investimentos em bibliotecas públicas estão atualmente zerados, as bibliotecas comunitárias têm assumido um importante papel no processo de formação de novos leitores e acesso ao conhecimento, o que naturalmente seria uma função das bibliotecas públicas. A conclusão é de Elisa Machado, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e uma das coordenadoras de uma pesquisa que mapeou 143 bibliotecas comunitárias em 45 municípios de cinco regiões do Brasil.

Além do Grupo de Pesquisa Bibliotecas Públicas no Brasil da UNIRIO, do qual Elisa também faz parte, foram responsáveis pelo levantamento o Centro de Estudos de Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco e o Centro de Cultura Luiz Freire, com apoio da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias. O objetivo da pesquisa foi o de identificar, compreender e dar visibilidade ao papel que este tipo de biblioteca cumpre nos processos de formação de leitores, especialmente nas periferias do grandes centros, onde a maioria delas estão localizadas.

A pesquisa completa, cujo os dados preliminares foram divulgados durante o XII Seminário Prazer em Ler, realizado no último mês de agosto em São Paulo, será divulgada nos próximos dias por meio de um ebook. A ideia é que as informações sirvam não só de insumo para a realização de novas pesquisas, mas principalmente de instrumento para que as organizações da sociedade civil possam pleitear junto ao poder público apoio na implementação de ações que visem a democratização da leitura, conforme explica a coordenadora da pesquisa nesta entrevista:

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