Nesta quarta-feira (15) estudantes, professores e técnicos deram um recado ao governo Bolsonaro: “não vai ter corte, vai ter luta!”. Os atos que levaram milhares de pessoas às ruas em todo o país são uma respostas aos cortes anunciados recentemente pelo governo federal nas universidades brasileiras, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na instituição o bloqueio foi de 41% das verbas destinadas a manutenção e investimentos, um total de R$ 114 milhões que seriam usados para despesas de custeio como consumo de água, energia elétrica, contratos de prestação de serviços de limpeza e segurança, e investimentos em obras e compra de equipamentos para laboratórios e hospitais.
“Acho que a verdadeira intensão do governo é privatizar as universidades, acabar com a educação pública superior de qualidade, é aniquilar os serviços e colocar a iniciativa privada para tomar conta de tudo. E é por isso que estamos aqui. Nós somos crias da universidades pública, foi lá que nos aprendemos a nossa profissão. Através da nossa profissão nós temos dignidade hoje”, disse a bibliotecária da UFRJ Gilda Alvarenga.
Mais cedo o presidente Jair Bolsonaro disse que os manifestantes são “idiotas úteis e massa de manobra”. As declarações provocaram indignação, inflamando ainda mais o ânimo das massas que ocuparam as ruas. “A posição dos estudantes cumpre um papel importante na vida democrática em nosso país. Ouvi-los, saber da sua mobilização sempre foi um sinal importante para que nosso país evitasse retrocesso”, disse o vice-presidente da Andifes, João Carlos Salles.
Convocado para dar explicações sobre os cortes, o ministro da Educação Abraham Weintraub disse na Câmara dos Deputados que o Brasil “gasta demais com o ensino”. O ministro destacou, mais uma vez, que o governo teria como prioridade os ensinos básico, fundamental e técnico, falseando mais uma vez os fatos que mostram que os cortes do governo também atingiram o ensino básico.
Abaixo as imagens do ato no Rio, um dos maiores do país: