Muitos dos concursos públicos atuais têm cobrado questões discursivas que exigem do candidato, além do conhecimento dos itens que constam no edital, uma boa redação e capacidade de expressão de suas ideias. Temidas por muitos, as questões e provas discursivas eliminam candidatos até antes da realização das provas. Isso mesmo: tem gente que nem se inscreve no concurso quando descobre que haverá questões discursivas.
Eu sou da opinião que nenhuma prova deve me eliminar antes mesmo de eu tentar realizá-la. Por isso, nunca deixei de me inscrever para um certame porque havia previsão de provas discursivas ou prova de títulos. Mas é importante que o candidato esteja preparado (e muito bem preparado) para todas as etapas do concurso. Por isso, vale a pena lembrar algumas dicas que podem ajudar a vencer o medo das redações!
1- Leia. Sobre todo tipo de assunto. É claro que ler notícias e material de estudo mata dois coelhos com uma cajadada só, mas é importante ler de tudo. Leia fofocas, literatura, embalagem de shampoo. O que cair da sua mão, leia. É essa variação de estilos que vai te ajudar a escrever melhor, acredite.
2- Estude. A gente só consegue escrever bem sobre assuntos que a gente tem o mínimo de domínio. Por isso, lembre-se de estudar e revisar todo o seu material quando estiver se preparando para uma prova. Mesmo aquele material que você acha que domina com perfeição e totalmente.
3- Escreva. A prática leva à perfeição. Procure escrever – e corretamente – sempre que possível. Mande e-mails, escreva críticas, resenhas, resumos. Treine questões anteriores de concursos semelhantes aos que você tem interesse em prestar. Escreva sobre assuntos atuais, com destaque na mídia. Mas escreva sempre. Pelo menos 1 texto por dia.
4- Busque críticas. Sabe os textos do item anterior? Eles precisam ser lidos por alguém. Mostre a amigos que tenham bom conhecimento em português e peça ajuda deles. Se você tem um grupo de estudos, compartilhem os textos entre vocês de modo que um corrija e aprenda com o texto do outro.
5- Amplie seu vocabulário. Procure aprender e utilizar palavras novas todos os dias. Isso pode fazer a maior diferença na hora de escrever um texto. Nada pior do que ficar nervoso na hora da redação simplesmente porque ficou sem palavras. E também é muito ruim perder pontos porque usou uma palavra fora de contexto. Faça do dicionário o seu novo melhor amigo.
6- Tenha uma boa caligrafia. Imagine que você é o avaliador da banca, e tenha que corrigir 100, 150 redações em um dia. No final desse dia você teria paciência para uma caligrafia de difícil entendimento? Não, né?! Então, procure escrever com uma letra legível, e deixe sua redação limpa, sem rasuras, de preferência. Se sua caligrafia não é boa, não tenha vergonha: compre cadernos de caligrafia e treine! Existem vários exemplos de exercícios na internet e os cadernos não são muito caros. Você também pode baixar os modelos de página e imprimir, se for o caso. E na hora da prova, passe a limpo suas questões discursivas com muita calma.
7- Organize suas ideias. Pense primeiro sobre qual é o seu posicionamento acerca do tema proposto pela banca. Não tenha vergonha de ficar um bom tempo encarando o papel ou a parede enquanto pensa. O fiscal de prova não pensará nada errado sobre você, pode ficar tranquilo. Crie um relacionamento com a prova: grife as palavras mais importantes dos enunciados das questões. Separe um cantinho do papel de rascunho para escrever suas ideias centrais e…
8- Monte um esqueleto de redação. Ele deve ter introdução (onde você apresenta o seu posicionamento de maneira resumida), desenvolvimento (3 a 5 parágrafos onde você explica o seu posicionamento), e conclusão (onde você amarra todos os seus argumentos para comprovar seu ponto de vista). Montar esse esqueleto evita que você se perca ao escrever sua redação.
9- Não seja prolixo. O pessoal da banca não é limitado, então você não precisa escrever a mesma coisa de formas diferentes. Eles consideram que você não tinha o que dizer e resolveu encher linguiça. Então, objetividade.
10- Mas não seja sucinto demais. A banca quer perceber que você tem verdadeiro domínio sobre o assunto proposto. Evite falar apenas o básico, saia do lugar comum. Mostre que você gastou boas horas estudando para concursos! =]
11- Por fim, revise seu texto. Eu tenho um ritual de concurso que costuma funcionar bem. Começo a prova lendo os temas das questões discursivas. Faço a prova começando pelos conhecimentos gerais. Escrevo meu esqueleto para as discursivas. Depois faço a prova de conhecimentos específicos. Escrevo os rascunhos das respostas das questões discursivas. Aí faço uma pausa (para beber água, ir ao banheiro, esticar as pernas, alongar…). Quando volto pra sala, faço a PRIMEIRA revisão das discursivas. Passo as respostas das provas objetivas para a folha de respostas definitiva (revisando, claro). Depois reviso pela SEGUNDA vez minhas discursivas. E aí passo a limpo, fazendo ainda uma terceira revisão, com bastante calma. Por que tudo isso? Se eu revisar os textos logo depois de escrevê-los eu serei incapaz de achar os erros. É importante dar um tempinho para a mente “desacostumar” com o que acabou de produzir. Então, descanse um pouco, tome uma água e depois revise seu trabalho. =]
Tem alguma outra sugestão para se dar bem nas provas discursivas? Deixa um comentário aqui pra gente!