Das grandiosas bibliotecas minerais e vegetais da antiguidade, como as Bibliotecas de Nínive, Pérgamo e Alexandria,  passando pela Biblioteca do Congresso (EUA),  o maior acervo catalogado do mundo contemporâneo, às bibliotecas públicas, escolares, comunitárias e acervos particulares — hoje, mais do que nunca, é preciso chamar a atenção para a importância do investimento das políticas públicas e da consciência coletiva para preservação e conservação desses inestimáveis aparatos culturais, armazenadores, organizadores, cuidadores e disseminadores do conhecimento.

Atentar para a importância do bibliotecário, especialista guiado pelo saber científico, estratégico e tecnológico para conduzir todo o processo relacionado à criação, gestão e manutenção desses espaços.

As bibliotecas são organismos vivos hiper, multi e interconectados e representam não somente o registro e o acúmulo sistemático do conhecimento, mas também são espelhos do movimento e de necessidades específicas dentro de um espaço, lugar e tempo. Por meio delas, ou até pelo seu próprio desaparecimento ou destruição, compreendem-se o contexto, as pretensões e a dinâmica da cultura, política, economia, história, sociedade e da civilização às quais remetem.

As bibliotecas e seu campo de investigação científica direta, a biblioteconomia, são irmãs consanguíneas dos museus, arquivos, memórias e centros de informação e documentação – primas de 1º grau da arqueologia e antropologia, parceira e amiga das artes, cuidadora direta da 6º arte (a literatura), dos escritores, produtores e divulgadores.

A sua missão maior está relacionada intimamente à mediação e incentivo da tríade: leitor, leitura e livros. A existência e os processos de gestão, armazenamento, preservação e tratamento do acervo são meios que de nada valeriam, se a finalidade maior não fosse o movimento da tríade.

As bibliotecas servem à educação, cultura, ciência e tecnologia, de âmbito público, privado e a interesses diversos ligados às pessoas, missões, entidades ou instituições, e são servidas por estas, o que as diferencia de depósitos, almoxarifados e locais de armazenamento.

Para além de datas comemorativas instituídas, o fazer despertar a importância dessas heranças milenares é apropriar-se do presente e resguardar-se o futuro, é colaborar com o registro e na transferência dos saberes, na formação e emancipação intelectual de um povo.

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