RIO – A revista Biblioo foi até a estação das barcas na Praça XV, região central da cidade do Rio de Janeiro para conhecer a Biblioteca Livro no Ponto. Para isso, entrevistamos Edna de Araújo, responsável pelo atendimento ao público que frequenta esse espaço.
Rodolfo Targino: Edna, quando a Biblioteca Livro no Ponto começou a funcionar na estação das barcas?
Edna de Araújo: A biblioteca está nas barcas desde o dia quatro de outubro de 2010. O horário de funcionamento é de 9h às 17h, de segunda a sexta. Nós fazemos empréstimos de livros. O leitor tem o prazo de quinze dias para devolver o livro. Caso ele não consiga ler o livro nesse período, fazemos a renovação.
R. T.: Qual a relação da biblioteca com os passageiros das barcas, em média quantas leitores vocês atendem por dia?
E. A.: Nós atendemos em torno de dezesseis pessoas por dia.
R. T.: Como a biblioteca é mantida? Vocês têm algum tipo de parcerias?
E. A.: A biblioteca Livro no Ponto é um projeto da Multi Criações Culturais, que é uma empresa de Petrópolis [Região Serrana do Rio de Janeiro]. Existem duas bibliotecas desse mesmo modelo em Petrópolis. Aqui na cidade do Rio de Janeiro a Livro no Ponto é a primeira. Temos o patrocínio das Barcas S.A. e da Caixa Econômica Federal.
R. T.: Como é composto o acervo da biblioteca?
E. A.: É literatura em geral: romances, contos, crônicas, poesias.
R. T.: Existe alguma política de divulgação desse espaço?
E. A.: Nós temos cartazes fixados pelas estações das barcas. Através disso as pessoas vêm até a biblioteca e procuram informações. Também distribuímos panfletos. As pessoas se interessam, buscam os livros. É uma iniciativa bacana de incentivo à leitura.
R. T.: Você trabalha aqui, consegue tempo para ler os livros? Também é uma leitora da biblioteca?
E. A.: Ah! Eu leio todo dia [risos]. Leio mais romances.
R. T.: Na sua opinião, qual a importância dessa biblioteca para os passageiros e também para os funcionários das barcas em geral?
E. A.: Eu acredito que ler trás calma, sem contar que as pessoas estão nas barcas ou até mesmo nos ônibus e tem a oportunidade de ler um livro. É mais um incentivo à leitura, que ajuda a descobrirmos mais sobre nossa vida, nosso cotidiano. Para mim, a importância é essa.
R. T.: Então você acredita que a leitura pode mudar o mundo?
E. A.: Pode até não mudar o mundo, mas estamos tentando.
R. T.: Qual a mensagem que você deixa da biblioteca Livro no Ponto para as pessoas que passam pelas barcas?
E. A.: A leitura é muito importante. Ajuda bastante. Venham buscar livros e sejam bem vindos.