Do Rede Brasil Atual.

Quarto de Empregada, escrita em 1958 pelo jornalista e psiquiatra Roberto Freire (sem qualquer relação com o político homônimo), é a peça que será lida e discutida na próximo sábado (21), como parte do projeto Censura em Cena, coordenado pelo Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura, da Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo (ECA-USP). No total, 12 peças proibidas fazem parte da iniciativa.

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Peça de Roberto Freire é a quinta a ser apresentada nesta iniciativa. Foto: reprodução.

Segundo os coordenadores do projeto, os textos integram o arquivo Miroel Silveira, mantido pela ECA. São 6.137 processos relativos à censura abertos de 1930 e 1970 pelo Departamento de Diversões Públicas do Estado de São Paulo. Esse acervo vem sendo estudado por um grupo de pesquisa do Observatório desde 2002, sob coordenação da professora Maria Cristina Castilho Costa.

A peça de Roberto Freire é a quinta a ser apresentada. Já foram feitos estudos e leituras dramáticas de A Semente (1961), de Gianfrancesco Guarnieri; Sortilégio (1951), de Abdias do Nascimento; Fundo do Poço(1950), de Helena Silveira; e Perdoa-me por me Traíres (1957), de Nelson Rodrigues. Outras sete, de autores como Plínio Marcos, Augusto Boal, Cassandra Rios e Dias Gomes, serão incluídas na programação até maio do ano que vem.

“Na análise do processo de censura, procura-se entender com profundidade as razões das interdições e a repercussão que tiveram na sociedade quando foram liberadas e estrearam”, afirmam os organizadores do projeto. A leitura e do próximo sábado será realizada no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, que faz parceria com o Observatório, na Rua Doutor Plínio Barreto, 285, 4º andar, na Bela Vista, região central de São Paulo. A inscrição, gratuita, deve ser feita até sexta-feira (20) pelo site.

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