De tanto ir à “biblioteca”, um dia Vivian Fraga foi convidada pela coordenadora de sua escola a arrumar o espaço. Ela tinha 12 anos e a responsabilidade que lhe era confiada a encheu de alegria. Aos poucos a biblioteca se tornou quase um esconderijo, “um mundo mágico de Alice”, para onde ela ia, desfolhava, lia e se apaixonava. “Acho que este foi, sem dúvida, meu primeiro encontro com um espaço literário”, diz a hoje professora de História.
Quando deixou a escola aos quinze anos de idade, Vivian deixou organizada a biblioteca que alimentou muitos sonhos de sua adolescência, mesmo sem ter técnicas de organização ou a metodologia de um bibliotecário. Separou e pôs em ordem grande parte do acervo que ali estava.
Durante o ensino médio, a escola que Vivian frequentou tinha uma biblioteca e uma bibliotecária. “Era maravilhoso ter um espaço organizado, fazer empréstimos de livros, poder estudar com outros materiais. Costumava ficar todos os dias na escola após meu horário estudando na biblioteca, um espaço de socialização e aprendizado”, relembra.
Depois disso, Vivian passou a se dedicar a composição de sua própria biblioteca. Ela havia descoberto que seus avós tinham centenas de livros guardados em um “barracão”, de onde foi separando, arrumando, tirando a poeira de suas páginas e dando vida a suas histórias a tanto tempo guardadas. Adorava olhar para os livros que já tinha lido arrumados na estante.
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