A cidade de Niterói teve o prazer de proporcionar a sua população e adjacências o 4º Salão de Leitura de Niterói, de 31 de maio a 9 de junho de 2014, com entrada gratuita. Segundo o site da prefeitura, eram 3 mil e 200 metros quadrados de tendas climatizadas, além do Teatro Popular Oscar Niemeyer, do Memorial Roberto Silveira e da Casa do Conhecimento, todos localizados no Caminho Niemeyer, centro da cidade, que esperava receber 100 mil visitantes.
Uma vasta programação rica em informação, cultura e entretenimento, que ia desde lançamentos de livros, encontros com autores, palestras, contação de histórias, apresentações musicais, de dança e de filmes, peças de teatro, saraus e shows de vários ritmos, que pode ser vista no site do salão, no facebook: (#lerehirado) e no instagram.
O público era formado por pessoas das mais variadas idades, profissões (professores, pedagogos, bibliotecários, escritores, artistas, advogados, psicólogos etc.) e classes sociais. Ao todo foram 56 expositores repletos de livros com promoções e brindes (tradicionais marcadores de livros, folhetos e livros educativos sobre trânsito e ambiental) e contou com a participação de personalidades como Bea Bedran, Daniel Azulay, Eduardo Dussek, Nana Caymmi, Evanildo Bechara e Marco Lucchesi. Um dos expositores era das Bibliotecas Populares de Niterói.
Durante este 4º Salão de Leitura, foram realizadas homenagens em dois espaços do evento. Foi atribuído a uma área (deck) o nome de um dos maiores ícones da música popular brasileira, o baiano Dorival Caymmi (1914-2008), que faria 100 anos em 2014. O outro espaço foi o Café Paris, local importante na década de 1920 para a cultura literária fluminense, pois lá acontecia sempre roda de leitura com poetas. Este localizava-se na atual Avenida Ernani Amaral Peixoto, no Centro de Niterói.
Nos dias em que pude comparecer ao evento, percebi o quanto o local estava bem movimentado, com pessoas felizes e interessadas em cultura e em leitura. Grupos escolares onde crianças e até adultos se divertiam no mundo narrado e cantado pelos contadores de histórias. Leitores ávidos por novas leituras.
Creio que o melhor e o pior deste Salão, talvez tenha sido o som, pois é inevitável que o lugar montado ao lado das obras do Niemeyer, embora grande, tenha se tornado pequeno em muitos momentos devido à quantidade de participantes no local. Ao mesmo tempo, que rolavam apresentações (de contação de história e de músicas) acontecia palestras próximas e a estrutura, embora possuísse paredes e portas, permitia que o barulho entrasse pela falta de um teto. Porém, creio que mais uma vez o evento foi válido e gratificante, pois deu para perceber o quanto a população está em busca de cultura, de educação e de informação. Lições que ficaram deste evento:
1) Educação é fundamental para a democracia e necessita mais de ações práticas que de discursos.
2) Pode-se aprender muito, apenas brincando. Fazer um entretenimento educativo para todos.
Com este 4º Salão de Leitura, a cidade de Niterói proporcionou dias inesquecíveis para a população em um dos pontos turísticos mais bonitos, a arquitetura inconfundível de Niemeyer ao lado da beleza natural da Baía de Guanabara. São iniciativas como esta que tentam fixar a cidade como leitora, mostrando a todos a importância da leitura, da cultura e do bom entretenimento. A população brasileira espera que novos eventos deste porte sejam realizados, assim como a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) e as Bienais. Os niteroienses já esperam pelo próximo Salão em 2016.
Comentários
Comentários