AAAAAAAaaaaaaaaaaaa o Natal! Então é natal: as ruas ficam cheias, engarrafamento pra tudo que é lado, fila pra compra um chaveirinho…
Esse ano por incrível que pareça entrei no Espírito natalino. Mandei cartões, comprei alguns presentes e resolvi montar uma árvore de natal! Natal só me enchia os olhos quando eu era criança, motivo: eu podia ficar acordado até tarde e comer muitas coisas gostosas, como hoje eu como muito sempre que quero e durmo tarde todo dia, deixei de ver graça no natal.
Uma visão pessoal é que muita gente gosta do natal por causa da bagunça em família e dos presentes. Na minha família que amo de coração isso nunca foi problema e, apesar de amá-los, cortei o cordão umbilical psicológico muito cedo. (sobre os dois cordões umbilicais que temos escrevo um texto futuro). E os presentes? Tenho trauma disso desde os 11 anos de idade, quando numa festa de aniversário ganhei menos presentes que esperava e uns 3 copos de cueca (era um copo de plástico que vinha 3 cuecas horrorosas de cores diferentes).
Participei de alguns amigos ocultos e nos últimos três anos me nego a participar desse ritual bárbaro, onde ás vezes temos que escolher presentes com preço fixo pra pessoas que nem conhecemos a fundo! E sabemos que comprar presentes para quem amamos (ou não), é uma tarefa hercúlea. Depois de algum tempo, vai ficando difícil inovar e ficamos presos sempre às mesmas ideias.
Pior que isso se tornou popular! Tem amigo-oculto nos cursos, entre vizinhos, na família, na empresa, na academia e até no facebook. As versões são de arrepiar, coisas como Inimigo oculto ou ladrão, e não importa a modalidade alguém, (que esperamos não ser nossa pessoa), acaba ganhando um presente que detesta.
Alguns presentes eu carinhosamente apelidei de ADP (acumuladores de poeira), porque você não faz a menor ideia do que vai fazer com aquilo ou como se livrar. Outros causam constrangimento e brigas familiares. Como olhar na cara da sua tia e fala que aquela camisa é horrível e que nunca, nunquinha mesmo você iria usar?
Ainda assim, alguns corajosos me dão presente e em sua maioria são livros! Livros é moeda corrente no meio literário, é o pretinho coringa na combinação da balada, quase dinheiro.
Não gostou? Passa pra frente. Gostou? Empresta, sem data de devolução. Odiou? Troca no sebo. Só não vale dar livros de presente se você for o autor… Nesse natal dê livros de presentes! Só livros! Para adultos, crianças, em todas as suas rodas e até nos amigos ocultos! Afinal livros enobrecem a profissão!
P.S. Ainda assim, tente conhecer o gosto literário da pessoa, já vi gente quase chorar, porque o livro que lhe deram era muito ruim… (o título era não sei o que equilibrista).
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