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Chamada de trabalho: Elementos para políticas brasileiras de acervos digitais em memória e cultura
08/08/2018 - 20/12/2018
Muitas são as potencialidades dos acervos digitais em memória e cultura, sobretudo quando comparadas aos acervos tradicionais. Os objetos digitais têm propriedades específicas: um alcance e uma plasticidade muito maiores, pois alcançam usuários diversos simultaneamente, e podem ser recombinados e agregados a outros recursos formando novos recursos. Essas colocações deixam claro a necessidades de políticas públicas visando a digitalização de acervos em Memória e Cultura. Há alguns anos várias instituições brasileiras de Memória e Cultura vêm desenvolvendo projetos colaborativos de digitalização, preservação e acesso a acervos digitais.
Internacionalmente projetos de digitalização iniciaram-se na década de 1990 e até um pouco antes. Acervos em Memória e Cultura são objetos de cuidadosa curadoria das instituições que os abrigam e vêm sendo fruto de iniciativas cooperativas de acesso, preservação e utilização. Este cenário chama a atenção para as potencialidades educacionais, culturais e mesmo econômicas dos acervos digitais em memória e cultura – que acervos físicos não possuem, e para a necessidade de políticas para o seu desenvolvimento. Afora iniciativas isoladas, ainda não existe uma política brasileira para essa questão.
Os objetivos de uma política brasileira de acesso, preservação e utilização de acervos digitais em Memória e Cultura seriam disseminar amplamente e preservar os acervos digitais brasileiros, torná-los cada vez mais um instrumento de disseminação da cultura brasileira, utilizá-los amplamente na formação cultural e educativa do povo brasileiro e fortalecer as instituições detentoras e curadoras desses acervos. Deste modo, os artigos a compor este dossiê se mostram importantes para tais reflexões e mesmo futuras proposições de programas e políticas para este segmento.
Apontamos os seguintes possíveis eixos temáticos, mas alertando que os mesmos não são excludentes de outras propostas: 1. Acervos digitais em Memória e Cultura: conceituação e potencialidades; 2. Retrospecto das iniciativas brasileiras de digitalização de acervos em Memória e Cultura; 3. O panorama internacional; 4. Infraestrutura tecnológica, padrões; 5. Acesso, interoperabilidade; 6. A questão da preservação digital; 7. “Copyright” e licenças de uso; 8. Planejamento, gestão e sustentabilidade; 9. Aplicações: exposições e cursos virtuais; 10. Acervos digitais em Memória e Cultura como insumo às indústrias criativas; 11. Museus virtuais, curadoria de arte digital; e 12. Aplicações: exposições e cursos virtuais, ensino à distância; 13 – Relatos de casos e experiências de digitalização de acervos.
O dossiê tem editoria de Carlos Henrique Marcondes, e comporá a edição 1/2019. O prazo para submissão de artigos – que deverá ser feito diretamente através do site da revista (www.pragmatizes.uff.br) até 20 de dezembro de 2018.