Biblioo

Zé Renato: o bibliotecário do Rio que virou jornalista no Sul

Quando estagiário de Biblioteconomia na Sociedade Brasileira de Anestesiologia, no Rio, no ano de 1998, José Renato Lopes de Oliveira, ou simplesmente Zé Renato, recebeu a notícia de que seria contratado pela instituição.

Conforme revela, “para um estudante que não sabia como ia ser o início da sua trajetória profissional [o momento] foi marcante”. Não sabia ele que, embora marcante, a vida como bibliotecário seria breve.

Nascido em São Paulo no ano de 1972, Zé Renato mudou-se para o Rio aos 14 anos quando seu pai, bancário do antigo Banco Nacional da Habitação (BNH), hoje Caixa Econômica Federal, solicitou a transferência para cuidar de sua avó que morava em terras cariocas.

Assim como muitos estudantes, ele optou pela Biblioteconomia por que gostava de literatura e de livros. Em 1994 fez vestibular para a Universidade Federal no Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), de onde sairia formado quatro anos mais tarde. Foi também professor do antigo curso de Biblioteconomia da Universidade Santa Úrsula (USU).

Mesmo trabalhando como bibliotecário e professor, Zé Renato não esquecia sua outra paixão: o esporte. Assim, foi cursar uma pós-graduação em Jornalismo Esportivo, tornando-se radialista profissional, com matrícula no Ministério do Trabalho a partir do ano de 2010.

“Passei para o jornalismo em virtude de ter outra opção de campo profissional, o que ficou prevalecendo. No Rio eu já conciliava a Biblioteconomia e o rádio em jornadas esportivas em finais de semana”, esclarece.

Mas engana-se quem acredita que o motivo da mudança de profissão de Zé Renato foi alguma frustração como bibliotecário. Ao contrário. Sua atuação na Biblioteconomia foi tão ativa que ele se tornaria presidente do Sindicato dos Bibliotecários do Estado do Rio de Janeiro (SINDIB/RJ), ficando lá de 2002 a 2009.

“Fui para o SINDIB porque sempre tive uma vida de militância, fui um dos fundadores da União dos Estudantes Secundaristas de Niterói [cidade da região metropolitana do Rio] e não poderia ver os problemas da minha profissão sem tentar contribuir para solucioná-los. Acredito que dei uma boa contribuição para a categoria, fico feliz em ver o SINDIB atuante, agindo realmente como um sindicato”, se orgulha.

Mudou-se para Novo Hamburgo no ano de 2011, quando começou a trabalhar na Rádio ABC 900AM, do Grupo Editorial Sinos. Lá se tornou repórter de trânsito, no programa ABC trânsito, atuando também na área esportiva e geral da rádio.

“Pela manhã trabalho no jornalismo da TVNH que tem sua programação no canal NET da região. Pautas diárias na rua. Na tarde estou na Rádio ABC 900 de Novo Hamburgo, como apresentador, repórter de várias editorias e também no esporte, trabalhando nas partidas de futebol (jogos da dupla Grenal e do Novo Hamburgo, equipe da cidade) e vôlei, já que temos uma equipe local que joga a Superliga Masculina”, explica Zé Renato.

Cobriu, no ano de 2012, como enviado especial do Grupo Sinos, a conferência Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável e a Cúpula dos Povos, eventos realizados no estado do Rio de Janeiro.

Em 2015 começou a trabalhar também em TV, sendo repórter da TV NH, canal 15 da Net local. Agora além das reportagens, ele tem um programa chamado Sociedade em Ação no qual apresenta entidades filantrópicas da região, trazendo suas necessidades e buscando parcerias para elas.

A jornada de trabalho de Zé Renato é longa, mas a satisfação é garantida: “trabalho em torno de 12 horas por dia, e gosto do que faço”. “A Biblioteconomia ajudou-me e muito no Jornalismo a trazer uma noção de conhecimento geral, fato de importância na minha nova profissão”, garante.

Comentários

Comentários