Uma reportagem publicada ontem (10) pelo jornal El Diário (em espanhol) dá conta de um esquema de corrupção no Sistema de Bibliotecas do Queens, um dos cinco distritos que formam a cidade de Nova Iorque.
De acordo com a notícia, uma auditoria constatou que o ex-presidente do Sistema de Bibliotecas do distrito, Thomas Galante, e outros funcionários gastaram até 300 mil dólares em luxos pessoais, como ingressos para um concerto da banda de pop-rock Maroon 5.
A história estaria ligada a um desfalque financeiro no qual os termos de uma cláusula impedia a Controladoria de investigar e avaliar os registros financeiros da instituição.
Conforme a reportagem, em 2014 o Controlador Scott Stringer havia pedido a anulação da referida cláusula ao Supremo Tribunal de Queens, mas mais tarde uma nova administração do Sistema de Biblioteca do Queens votou à revisão das finanças e expulsou Galante.
“O inquérito revelou que em três anos Galante gastou quase 46 mil dólares em comida e bebidas alcoólicas servidas em reuniões com altos funcionários do referido Sistema de Bibliotecas. O ex-funcionário desfrutou de garrafas de tequila José Cuervo e caixas de cerveja Corona incluídos nas contas em valores que variavam entre 360 e 4.700 dólares”, diz a matéria.
Com a fraude, o Sistema de Biblioteca do Queens teria sofrido déficits que variam de 5,7 a 6,9 milhões de dólares entre os anos fiscais de 2008 e 2013. No mesmo período, os serviços e programas do sistema foram encerrados.
“A corrupção impediu meus filhos de desfrutar das bibliotecas aos sábados,” disse à reportagem o pai mexicano Luis Oropesa. “Eu participei das campanhas para as bibliotecas não fecharem nos fins de semana, por isso é decepcionante saber deste atoleiro no sistema.”
Uma biblioteca que serve aos latinos
De acordo com a reportagem, os dados oficiais mostram que 28% dos usuários das bibliotecas do Queens são latinos, e 24% falam espanhol. Em junho de 2015, 57,3% dos cerca de 972 mil usuários eram adultos, 7,4% crianças e 7,2% idosos.
Entre julho 2014 a junho de 2015, cerca de 173 mil materiais de ensino que circularam no Sistema de Bibliotecas do Queens foram em espanhol.
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