O tempo ruim que não deu trégua durante todo o final de semana no Rio não assustou as mais de 40 mil pessoas (conforme estimativa da organização do evento) que prestigiaram o ArtRua, evento que, em sua quinta edição, reuniu arte, gastronomia e música no Centro Cultural Ação Cidadania, na região portuária da cidade.
O evento contou com a exibição de trabalhos de diversos artistas do Brasil e do exterior, tendo como destaque os trabalhos assinados por artistas de São Paulo, conhecida como a capital internacional do grafite.
Mas não foram só os paulistas que marcaram presença no ArtRua. A agente artística Claudia Aires trouxe ao evento trabalhos de diversos artistas pernambucanos, dentre os quais Gio Simões Glanes, Jota Zeroff e Juliana Lapa, com trabalhos que vão das artes plásticas contemporânea à arte de rua propriamente dita.
“A internet criou uma abertura muito forte e tirou essa coisa marginal [da arte de rua], por que os artistas urbanos, os artistas, os grafiteiros que estão nos muros, eles estão passeando com mais liberdade pelos meios de comunicação que hoje é a internet, são as redes sociais; consequentemente as empresas, as galerias, as galerias renomadas, as galerias iniciantes começam a observar esse artista de outra forma e traz ele pra galeria, e ele começa a transitar em todos os lugares; então eu acho que esse conceito de arte marginal já acabou; eu acho que é mais uma questão de atitude, do que mesmo de espaço”, diz Claudia.
Além das artes plásticas, a musica e a gastronomia também deram a tônica do evento. O Espaço Rua Gastronomia, que este ano ficou a cargo de Pedro Benoliel, fez uma seleção de estabelecimentos conceituados do Rio para todos os gostos, entre eles, Brasa BBQ, Botero em Pé, Ribs, Refeitório, La Choriceria, Che Boludo e Bar do Toninho.
Na parte musical, destaque para os shows de Nitú e Quinteto Nuclear que fecharam a programação neste domingo.
Embora avalie de forma positiva a 5ª edição do ArteRua, André Bretas, idealizador e um dos realizadores do evento, reclama da falta de incentivo, pois, segundo ele, com a crise financeira ficou muito difícil a captação de recursos.
“Os nossos maiores patrocinadores eram construtoras e com a crise nós tivemos de colocar dinheiro pro evento acontecer”, esclarece André. Segundo ele, a ideia agora é levar o evento para São Paulo e em dois anos fazer uma feira internacional, “levando o artista brasileiro para fora do Brasil”.
Abaixo algumas imagens do evento:
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