Do G1 de MT
O sonho de Jefferson Gabriel da Silva Melo, de 12 anos, de construir uma biblioteca comunitária está mais perto de se tornar realidade. Isso porque parte dos recuperandos do sistema prisional de Cuiabá devem servir como mão de obra para a construção do prédio da biblioteca. O menino arrecada livros onde mora, no Distrito de Bonsucesso, em Várzea Grande, região metropolitana da capital. O intuito dele é aproximar os jovens da comunidade do mundo da leitura.
A construção da biblioteca é um projeto do Núcleo de Ação Voluntárias de Mato Grosso (NAV-MT), em parceria com a Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Para a construção do prédio, a Sejudh liberou parte dos recuperandos do sistema prisional da capital. Os presos devem receber o pagamento de um salário mínimo para trabalharem na construção da obra.
Os detentos devem ficar fora do Centro de Ressocialização de Cuiabá por cinco horas e depois retornarem. O prédio construído para abrigar os livros arrecadados por Jefferson deve ser construído na frente da residência do menino.
Sensibilizada com a história de Jefferson, a coordenadora do NAV-MT, Samira Martins, resolveu apoiar o projeto.“Ele é um menino encantador que sempre gostou de ler e estudar, além de incentivar isso em sua comunidade”, disse.
Ainda não há uma data definida para o início das obras, mas saber que o sonho vai ganhar forma deixou o garoto contente. “Eu fiquei muito feliz quando soube que eu vou conseguir realizar meu sonho”, contou.
Jefferson já arrecada os livros há algum tempo. O prédio para abrigar as obras é o grande sonho do menino. Desde que começou a receber os livros, Jefferson abriu as portas da própria casa para incentivar a leitura nos vizinhos. Ele já conseguiu juntar aproximadamente seis mil livros, que estão distribuídos no centro comunitário e na casa dele.
A inspiração para criar a biblioteca veio da própria comunidade. Jefferson diz que grande parte dos adolescentes da idade dele não gosta de ler e que, com a construção da biblioteca, a situação poderá mudar, além de auxiliar os alunos nos estudos e pesquisas escolares. Entre jogar futebol ou ler um livro, o adolescente garante que prefere a leitura.
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