Bel Pesce conhecida por ser uma famosa empreendedora e também pelo sucesso do seu livro “A menina do Vale” onde relata suas experiências pessoais que a levou aos 17 anos de idade possuir 6 diplomas na maior faculdade do Estados Unidos em Tecnologia, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e também ter números Startups de sucesso e trabalhado nas gigantes Google e Microsoft.
A jovem empreendedora chegou até na lista de jovens brasileiros mais influentes, porém todo essa história que é exemplo e sonho de muitos jovens que querem o sucesso pessoas e profissional que se iniciou em 2010 teve fim agora em 2016 devido a uma investigação do vlogueiro Izzy Nobre que devido a um vídeo onde citava desastre o projeto da Hamburgueria Zebeléo, em que Bel Pesce participava recebeu pedido de seus seguidores para aprofundar na história e nas contradições da empreendedora durante suas entrevistas.
A investigação de Izzy Nobre e a busca por todas as fontes que comprovasse as informações pertencentes ao currículo da empreendedora o levou a verdade. A verdade que boa parte da história havia sido aumentada e as informações validas por toda mídia a respeito da moça estavam cercadas de inverdades.
Bel Pesce possui apenas uma graduação no MIT em Engenharia Eletrica e Ciência da Informação e todos outros diplomas que ela diz ter são apenas de cursos e não de graduação. Sua participação no Google e na Microsoft foi apenas como estágio de verão de 3 mês em uma modalidade que são americanos chama de “observação” que onde o estagiário aprende fazendo pequenas tarefas de escritório e observando a rotina da empresa sem grandes responsabilidades e indo mais a fundo Izzy Nobre descobriu que não existe qualquer referencia do nome dela como fundadora ou colaboradora das empresas que diz ter criado ou participado o que comprovava que algo estava errado.
O que podemos aprender com o caso Bel Pesce é como nosso trabalho de Bibliotecários e Cientistas da informação vai além dos processamentos técnicos e entra nas questões da sociedade que hoje consome a informação por demanda sem se preocupar com sua veracidade ou consistência. A jovem empreendedora maquiou sua história de vida e profissional citando fontes inverídicas e com isso chegou a grande mídia que acabou validando suas histórias e as propagandas infinitamente sem investigar se eram verdades. A famosa história que uma mentira contada mil vezes se torna uma meia verdade.
Hoje na era da internet onde podemos pesquisar quase tudo sobre uma pessoa e verificar algo na fonte de forma mais fácil vemos que cada vez mais os boatos e as histórias mentirosas tem se propaganda travestidas de verdade e causado grandes consequências, como quando vazou pela internet a história do reprocessamento de leite que era marcado no número das embalagens de leite e que obrigou mercados e a indústria ter que vir a público explicar que o número nas caixas ela apenas para controle de fabricação e que o reprocessamento era proibido por lei.
Mesmo tendo acesso a informação mais fácil, nós ainda não temos ensinado nossa sociedade a pesquisar as fontes de informação de modo que se algo esta na internet e sendo replicado muitas e muitas vezes é verdade e isso mostra que ainda somos muito imaturos nessa questão o que torna fácil pessoas como Bel Pesce e outros se aproveitarem disso para vender algo que é uma farsa.
Mais do que discutir os novos papeis da Biblioteconomia e da Ciência Informação para o futuro chegou a hora de se discutir o que faremos agora com relação as questões de consumo de informação massificada sem solido senso crítico da nossa sociedade, pois se nós somos os profissionais que classificam, catalogam e indexam o conhecimento também é nosso papel servir de filtro para o que verdade e o que mentira.
A pelo menos dois questionamento que devemos ter diante a história de Bel Pesce: Será que nós profissionais da informação estávamos realmente fazendo isso? Será que nós estamos muito mais preocupados em tratar o conteúdo que verificar a sua legitimidade?
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