As bibliotecas da Faculdade Nacional de Direito, Faculdade de Letras e do Fórum de Ciência e Cultura, ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), voltaram a ser rondadas por ladrões de livros raros. A informação foi confirmada pela bibliotecária Paula Mello, coordenadora do Sistemas de Bibliotecas e Informação (SiBI) da instituição.
Segundo ela, no dia 03 de dezembro dois homens estiveram na Biblioteca da Faculdade Nacional de Direito, localizada no Centro do Rio, procurando por livros raros que abordassem a história da cidade do Rio de Janeiro e que contivessem gravuras e/ou ilustrações. Perguntado sobre a instituição a qual era associado, o homem citou uma instituição não identificado pelas bibliotecárias que o atendia.
A propósito, a Polícia Federal recuperou na semana passada um livro raro que havia sido furtado da Biblioteca Pedro Calmon no ano de 2016, neste que foi considerado o maior roubo de livros no Brasil. O exemplar do livro “Cartas do P. Antonio Vieyra” foi localizado em Campina Grande, na Paraíba, depois que agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, informou a Radioagência Nacional, a obra estava sendo vendida por meio de um leilão virtual, com lance inicial de R$ 3,5 mil. A operação, denominada Cartas, é uma referência ao título do livro furtado, que reúne correspondências do escritor e orador Padre Antônio Vieira.
Em maio do ano passado, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o furto de mais de 420 obras do acervo da biblioteca da UFRJ, localizada na Praia Vermelha, Zona Sul da capital fluminense. Do total, 303 livros são considerados raros. Ainda em maio, a universidade conseguiu recuperar 12 exemplares. Três obras foram interceptadas a caminho da Europa.
De acordo com a Universidade, o furto foi constatado em outubro de 2016, quando a Polícia Civil de São Paulo encontrou peças do acervo da UFRJ. Ao confirmar o ocorrido, a instituição registrou o crime junto à PF e abriu sindicância para investigar eventuais responsabilidades.
A sindicância, que se encerrou em março de 2017, constatou que o processo de reforma do edifício na Praia Vermelha pode ter favorecido a ação criminosa e que o roubo foi realizado por pessoa que possuía informação sobre a importância da coleção.
A universidade informou também que, após o registro do furto, adotou práticas para reforçar os mecanismos de segurança, em especial os relativos à proteção de acervos raros. “Nós estamos nos empenhados em criar mecanismo que inibam estas e outras pessoas de cometerem furtos nas bibliotecas da UFRJ. Dentre estas medidas está a parceria com outras instituições como a Universidade de São Paulo e a própria Biblioteca Nacional”, revelou Paula.
Laéssio Rodrigues na BN
A coordenadora do Sistema de Bibliotecas da UFRJ informou também que, Laessio Rodrigues de Oliveira, considerado o maior ladrão de livros do país e recém liberto de forma condicional, esteve também na Divisão de Periódicos da Biblioteca Nacional, instituição de onde já furtou obras no passado, no dia 29 de outubro.
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