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Greve dos funcionários do CRB7 agora é por tempo indeterminado

A greve dos funcionários do Conselho Regional de Biblioteconomia da sétima região (CRB7), que seria de três dias (de 11 a 13 de novembro), agora será por tempo indeterminado, a partir de hoje (16). A decisão foi tomada pelos trabalhadores em assembleia no último dia 12, informou o Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e Entidades Coligadas do RJ (SINSAFISPRO).

De acordo com o Sindicato, o CRB7 tem divulgado que o órgão está funcionando normalmente, o que, segundo os sindicalistas, não corresponde à realidade. “O mutirão de conciliação, por exemplo, que foi feito por pessoas estranhas ao quadro de funcionários, não atingiu os seus objetivos e o funcionamento do Conselho está precário”, disse Adjarba Oliveira, vice-presidente do SINSAFISPRO.

Num vídeo divulgado na internet pelo SINSAFISPRO, uma senhora que se identificou apenas como Eduarda relatou que foi até a sede do CRB7 no dia 13 para solicitar o registro definitivo, sendo atendida por uma pessoa que, segundo ela, tomou nota de seu nome informando que a instituição entraria em contato. Segundou informou, ela veio de Itaboraí em busca do seu registro para assumir cargo público, uma vez que a instituição, para a qual foi aprovada, não acerta apenas o protocolo de pedido do documento.

Funcionários do CRB7 fizeram um protesto na entrada da sede autarquia na manhã do último dia 13. Foto: facebook do SINSAFISPRO

Hoje pela manhã a equipe da Revista Biblioo tentou por mais de uma vez entrar em contato com o CRB7 pelo número divulgado em sua página (2507-6502), mas ninguém atendeu a ligação. A página na internet da entidade, a propósito, também se encontrava fora do ar nessa manhã. Procurado por nossa equipe por telefone, o presidente em exercício, Alex Branco, assumiu o compromisso de, ainda essa semana, nos receber para esclarecer alguns pontos sobre todas essas questões.

O SINSAFISPRO noticiou em sua página no Facebook que os grevistas realizaram uma manifestação na entrada do Edifício São Borja, sede do CRB7, na manhã do dia 13/11 (última sexta-feira), mas a diretoria da autarquia se recusou a receber o documento do Sindicato comunicando a greve. “O ofício acabou sendo protocolado na portaria do condomínio, devido à recusa da autarquia em recebê-lo”, informaram os sindicalistas.

Conforme notícia publicada no site da Revista Biblioo, uma carta aberta aos bibliotecários e à sociedade foi divulgada na semana passada pelo SINSAFISPRO e o Sindicato dos Bibliotecários do Rio (SINDIB-RJ) informando que os funcionários do CRB7 vêm experimentando ao longo dos anos descaso e desrespeito quanto à garantia de seus direitos, com a diminuição do auxílio-alimentação e a retirada do plano de saúde.

Alex Branco assumiu a presidência do CRB7 após a saída de Marcos Miranda. Imagem reprodução do youtube.

Segundo o que informava o documento, após inúmeras tentativas os Sindicatos só foram recebidos por Alex Branco quando compareceram a uma Plenária da Diretoria do CRB7, o que não foi suficiente para fazer avançar as negociações.

Os funcionários da autarquia reivindicam 14% a título de reposição, já inserido o aumento real; reajuste no vale- refeição condizente aos preços cobrados na região e plano de saúde para todos os empregados. Segundo o vice-presidente do SINSAFISPRO, Adjarbas Oliveira, essa mesma pauta já havia sido apresentada em fevereiro deste ano, mas o Conselho jamais deu um retorno, mesmo que negativo, sobre ela.

Print da tela do site do CRB7 que estava fora do ar essa manhã.

No Boletim da Greve, publicado semana passada no Facebook, o SINSAFISPRO informa que muitos bibliotecários, que compareceram aos atos em frente ao Tribunal Regional Federal na semana passada, manifestaram sua insatisfação, inclusive apoiando o movimento, “porém perguntados se dariam uma entrevista, logo falavam que não desejavam se expor, com medo de sofrerem retaliações, inclusive, em seus locais de trabalho”.

“Nesse país, o errado é o certo! Triste é verificar que o Conselho não dá direitos básicos aos seus funcionários e querem cobrar dos seus membros correção. É o fim da picada!”, teria dito um profissional que não quis se identificar.

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