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Flipoços 2019 valoriza pautas indígenas e dos povos originários

Auritha Tabajara. Foto: divulgação

Pensando na valorização dos povos originários, a 14ª edição do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas, o Flipoços, que neste ano ocorre entre os dias 27 de abril e 05 de maio desenvolve várias mesas, fóruns e atividades voltadas às pautas indígenas e discute, essencialmente, o genocídio indígena no Brasil.

A primeira mesa a contemplar o tema ocorre na segunda-feira (29 de abril) às 20h no Teatro da Urca com o tema “Vidas entrelaçadas às dos primeiros habitantes – diálogo com os povos da floresta e sua importância na formação cultural brasileira”, com o líder indígena Ailton Krenak, autor de livros como “O lugar onde a terra descansa”, a antropóloga e escritora Betty Mindlin, a pesquisadora de povos indígenas e atriz Andreia Duarte, atriz da peça “Gavião de Duas Cabeças”, que denuncia o genocídio e a situação dos povos indígenas e a escritora e cineasta Rita Carelli, autora do livro “Minha Família Enauenê” e também da coleção “Um dia na Aldeia”, feita em parceria com a ONG Vídeo nas Aldeias, cujo o título “A história de Akykysia, o dono da caça” foi premiado pelo White Ravens e com o selo  Altamente Recomendável pela FNLJ.

Além da mesa, na terça-feira (30 de abril) às 09h o Flipoços recebe o 1º Fórum de Debates Indígenas, com duas mesas, a primeira “Palavra criadora: narrativas tradicionais indígenas” que será com Angela Pappiani, Betty Mindlin e mediação de Susana Ventura. Na sequência, ocorre a mesa “Povos Indígenas e Questões Territoriais: aspectos históricos e atualidade” com Ailton Krenak, Robson Antonio Rodrigues, Carla Cunha Pádua, Fernanda Borges, Adenilson Kiriri, Fabiano Melo e mediação de Taciana Oliveira Ruellas.

Ailton Krenak também estará na Flipoços 2019. Foto: divulgação

A programação infantil, no espaço Sesc Flipocinhos, também recebe dois autores indígenas, que são Daniel Munduruku  e Auritha Tabajara e ficarão responsáveis por bate-papos e contação de histórias ao público infanto juvenil do festival.

Para a curadora e organizadora do festival, Gisele Corrêa Ferreira, tratar da temática dos povos originários e celebrar a literatura indígena é fundamental neste ano. “Nós tivemos o cuidado de pensar esta temática e de, com o apoio da Betty Mindlin, formatar a primeira mesa, em que o debate sobre o genocídio dos povos indígenas e a literatura, bem como a arte, feita a partir desta pauta, torna-se obrigatório. Será uma mesa de altíssima qualidade intelectual e indispensável na nossa programação, visto que os povos indígenas são inerentes à nossa formação”, declarou.

Ainda de acordo com ela, realizar o Fórum Indígena só acrescenta ao festival. “Estamos muito felizes com essa novidade e com o debate sobre este tema, que é tão importante e urgente. Nosso festival é plural e diverso e o fórum chega para ressaltar ainda mais nosso compromisso com as pautas identitárias”, enfatizou.

O Flipoços 2019 é um projeto executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio do DME e Café Três Corações e Secretaria de Turismo. Apoio das entidades Câmara Brasileira do Livro, Câmara Mineira do Livro, Instituto Pró-livro, Embaixada de Portugal no Brasil e Instituto Camões. Parceria Cultural Sesc e Senac Minas.  Mais informações, sobre ingressos, programação completa e guia virtual podem ser obtidas no site www.flipocos.com e telefone 35 3697 1551.

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