“Procurei entender como esses escravos libertos aqui no Brasil, ao se reestabelecerem em território africano, construíram comunidades que tinham entre si uma identidade brasileira”, explica a autora.
Para analisar aspectos sociais e econômicos da volta de africanos para terra natal, Angela Fileno pesquisou traços culturais, sobretudo de festas populares, das novas comunidades que se formaram na África, sobretudo na região da Costa Mina – principal destino do retorno de africanos após a escravidão.
“Amanhã é dia de santo fala da Festa do Bonfim em Salvador e depois de sua realização na África. O objetivo era saber porque, entre tantas festas em Salvador, ela se estabeleceu no outro lado do Atlântico. Com a pesquisa, descobri que a Festa do Bonfim foi para Áfica, pois ela já era uma festa africana em Salvador. E assim foi possível entender características dessas comunidades brasileiras na África”, analisa Angela.
Além da Festa do Bonfim, o intercâmbio cultural entre Brasil e África também é assunto central em Amanhã é dia de santo. Por exemplo, como azeite de dendê e cultos religiosos vinham da África e como o catolicismo e a arquitetura do Brasil chegaram em território africano.
Comentários
Comentários