Disseram que o Chico se foi.
Camaradas! Please! Please!
Chicos não morrem; nem o de Holanda, nem o de Paula.
Porque todo Chico é faceiro, estanceiro, pareceiro.
Eu, no cerrado, afogueado, e lá vem ele, do meio das águas do Rio, iluminado.
Quanto a mim, pitoniso indiviso. Chico é favo de mel.
Lembro de dezembro.
Sugeri uma edição em homenagem ao Nery, o demo!
E fomos nós, embriagados, apaixonados,
Escrevendo contra o tempo, invadindo a madrugada. E que madrugada!
Camaradas! Please! Please!
Chicos não morrem. Nem o de Holanda, nem o de Paula.
Porque Chico é faceiro, estanceiro, pareceiro.
O de Paula só mudou de endereço, de adereço.
O de Paula virou padroeiro dos livreiros,
Dos vagueios,
Dos semeios,
Dos timoneiros.
Salve, Chico!
Chico de Paula,
Chico de Paula!
De Paula,
Da lavra,
Da palavra.
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