A simpatia pela causa palestina – possível após uma viagem aos territórios ocupados da Cisjordânia, em 1999, e materializada numa charge polêmica, na qual o premiê israelense Benjamim Netanyahu aparece torcendo o corpo de uma criança palestina em cima de uma urna de votação – rendeu à Carlos Latuff o título de um dos dez maiores antissemitas, atribuído pela organização judaica Simon Wiesenthal, responsável pela publicação.
O cartunista comentou há época que sua citação no ranking é uma “piada digna de filme de Woody Allen”, e que isso o motivava a seguir com suas críticas. Numa nota, Latuff explicou que o lobby sionista tenta associar questionamentos ao Estado de Israel com o sentimento antijudaico para criminalizar a manifestação de posturas críticas e confundir a opinião pública. Disse ele: “Crítica ou mesmo ataque à entidade política chamada Israel não é ódio aos judeus, porque o governo israelense não representa o povo judeu, assim como nenhum governo representa a totalidade de seu povo”.
Como artista e militante político, Latuff tem participado de vários movimentos sociais de forma ativa. Presente à manifestação do último sábado (08/03) na Cinelândia, Centro do Rio, em apoio aos garis em greve, ele falou com exclusividade à Biblioo: “Considero os garis mais importantes que o próprio prefeito”. Veja o vídeo.
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